Jornal do Commercio
O lançamento da pedra fundamental de três pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), no Estado do Rio, na manhã de hoje, marca o retorno da Energisa ao mercado de geração de energia elétrica. A companhia, que atualmente atua somente como distribuidora, concluiu em 2007 o processo de venda de todos os seus ativos de geração com o intuito de melhorar sua saúde financeira, segundo informou o diretor- presidente, Ricardo Perez Botelho.
De 2003 a 2007, a companhia vendeu 19 usinas, das quais 18 hidrelétricas e uma termelétrica. Botelho disse ainda que a Energisa tem oito projetos de PCHs no papel que somam 96 megawatts (MW) e avalia a aquisição de outros projetos, que podem ultrapassar 200 MW.
As três usinas serão instaladas na bacia do Rio Grande, nos municípios de Santa Maria Madalena, Bom Jardim e São Sebastião do Alto. Juntas, terão potência instalada de 31 MW. O investimento total no projeto, que, além de incluir as três hidrelétricas, contemplará a construção das linhas de transmissão e de uma subestação de energia, é de R$ 200 milhões.
Desse valor, 75% foram financiados BNDES, com prazo de 14 anos. As usinas devem entrar em operação até agosto de 2010. As obras das PCHs foram iniciadas em meados de março. A energia gerada pelas usinas está totalmente comercializada no mercado livre por um período de 12 anos. A energia será conectada ao sistema da concessionária Ampla.
Os oitos projetos de PCHs que a empresa tem em carteira estão em diferentes fases de desenvolvimento, disse Botelho. A grande maioria depende de liberações ambientais e da Agência Nacional de Energia Elétrica. Segundo o executivo, uma das usinas que compõem o portfólio de projetos em carteira será instalada no Estado do Rio, na mesma bacia (do Rio Grande) das três já em construção. As sete restantes serão instaladas em Minas Gerais.
A previsão da Energisa é de que em 2015 todas as oito PCHs estejam operando.
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