Interesse

Energias alternativas atraem seguradoras

Brasil Econômico
06/12/2010 11:47
Visualizações: 173 (0) (0) (0) (0)
A oferta de energia elétrica no Brasil deve passar de 539,9 ter a watts- hora (TWh) em 2010 para 830 TWh em 2019, segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia 2019, do Ministério de Minas e Energia. Isso significaria uma elevação da oferta interna de 2.782 kWh para 4.016 kWh per capita.


O ministério prevê que o investimento total necessário para suprir a demanda por energia será da ordem de R$ 952 bilhões. Para construir todas essas usinas, serão necessários desde seguro de engenharia até apólices de garantia, passando por seguro de responsabilidade civil. Uma vez em operação, elas passarão a contratar seguro operacional, que cobre danos a estruturas civis, quebra de máquinas, incêndio e alagamento. E haverá uma nova dinâmica entre as seguradoras nessa carteira: algumas saindo e outras investindo.


"Algumas seguradoras saíram dessa carteira ou mudaram o seu critério de aceitação do risco, pois tiveram grandes prejuízos com a carteira por não terem escolhido o risco apropriadamente", conta Mauro Vicente Santos, subscritor de riscos sênior de Energia da ACE Seguradora.


A Ace é uma das companhias que mais tem crescido no segmento de energia, principalmente em apólices para operações de geração hidrelétrica. "O foco é maior, pois ela constitui 80% da matriz energética do país", comenta Santos. Para se ter uma ideia, em abril de 2009, a seguradora tinha uma carteira de 24 usinas. Hoje, são 134 plantas no portfólio, entre elas 114 hidrelétricas, 13 termelétricas e sete eólicas. Segundo Santos, juntas elas representam mais de 30%do total de energia gerada no Brasil. A hidrelétrica de Baguari, localizada em Minas Gerais, por exemplo, fechou em agosto o seguro de suas operações coma Ace.


Especialização Um dos nichos no qual a seguradora tem bastante interesse é o de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Recentemente, fechou a cobertura de riscos operacionais com a Ersa, que possui sete PCHs em operação, sendo que outras quatro estão previstas para entrar em funcionamento ainda neste ano. Outro negócio fechado foi com a Hidrotérmica, que possui quatro PCHs em operação e planeja a construção de outras oito unidades.


As seguradoras especializadas dominam o mercado de energia, como Ace, Allianz, Chubb, Itaú, Tokio Marine e Zurich, pois normalmente as obras envolvem grandes riscos e necessitam de uma análise criteriosa.


Cada uma, porém, tem seu foco de atuação e expertise e apetite para um segmento.


Eólicas A Chubb, por exemplo, atua fortemente no nicho de eólicas, que é a bola da vez em termos de diversificação da matriz elétrica.


Estimativas mostram que os leilões de fontes renováveis devem multiplicar por seis a geração de energia eólica no Brasil até 2013, para 4.597 megawatts (MW). "Fazemos seguro do começo ao fim, desde o transporte das pás para o local da usina, o risco de engenharia, responsabilidade civil e operacional", diz Robert Hufnagel, diretor de Ramos Elementares da Chubb.
 

Clemens Freitag, diretor responsável pela área de Infraestrutura da corretora Aon, explica que o segmento de eólicas é de grande interesse das seguradoras, pois não apresenta alto nível de sinistralidade no Brasil e envolve cifras altas.


Algumas empresas saíram desse segmento, pois tiveram prejuízo no passado.


Mas outras estão entrando


PROINFA


Por meio do programa está prevista a construção de 144 usinas


PCHS

40% da geração de energia prevista no programa vai vir de 63PCHs


EÓLICAS


Já os ventos vão gerar 1,4 mil MW, que deverão vir de 54eólicas


BIOMASSA


27 usinas com geração à biomassa vão produzir 685MW[2]


PROJEÇÃO


Oferta de energia no Brasil em 2019 deverá ser de 830Twh
Mais Lidas De Hoje
veja Também
Eólica Offshore
Posicionamento IBP - Aprovação do PL de Eólicas Offshore
16/12/24
Etanol
Hidratado volta a cair e anidro fecha valorizado na semana
16/12/24
Energia Eólica
Aprovação do Projeto de Lei 576/2021: Eólicas Offshore n...
13/12/24
Energia Elétrica
ENEL lança edital de chamada pública e libera R$ 59,5 mi...
13/12/24
Oportunidade
Subsea7 abre Programa de Estágio 2025 para diversas áreas
13/12/24
Energia Elétrica
Eletrobras conclui instalação de polos do Innovation Gri...
12/12/24
Hidrogênio Verde
Parceria entre SENAI CIMATEC e Galp viabiliza primeira p...
12/12/24
Petrobras
Novos contratos para construção e afretamento de 12 emba...
12/12/24
Etanol
Lei que regulamenta mercado de carbono no Brasil é sanci...
12/12/24
Termelétrica
Eneva conclui aquisição de usina Gera Maranhão
12/12/24
Sustentabilidade
Ambipar e USP inauguram Centro de Pesquisa e Inovação em...
12/12/24
Apoio Offshore
Omni Táxi Aéreo renova contrato com a TotalEnergies
12/12/24
Avaliação
Brasil ocupa 46ª posição em ranking de competitividade d...
12/12/24
Drilling
Foresea realiza primeira operação de perfuração de poço ...
11/12/24
Transição Energética
Senado aprova programa de incentivo a fontes renováveis
11/12/24
Rio Grande do Norte
Diretor do SENAI-RN aponta oportunidades da transição en...
10/12/24
Oferta Permanente
CNPE aprova inclusão de sete blocos na Oferta Permanente...
10/12/24
Rio de Janeiro
Petrobras, IBP, SINAVAL e ABEEMAR promovem rodada de neg...
10/12/24
Oportunidade
Programa Autonomia e Renda Petrobras abre mais 12,7 mil ...
10/12/24
Indústria Naval
CNPE define índice mínimo de 50% de conteúdo local para ...
10/12/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Mossoró Oil & Gas 2024 gera R$ 43 milhões em negócios
09/12/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

21