Energia Solar

Energia solar no mundo entra na era do terawatt e Brasil é um dos principais destaques

O relatório Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026 mostra que o País pode chegar a 54 gigawatts (GW) de capacidade solar total até 2026

Redação TN Petróleo/Assessoria
19/05/2022 09:44
Energia solar no mundo entra na era do terawatt e Brasil é um dos principais destaques Imagem: Divulgação Visualizações: 1631 (0) (0) (0) (0)

Estudo internacional lançado neste mês, em Munique, na Alemanha, mostra que a energia solar no mundo assume cada vez mais protagonismo na transformação energética sustentável. A fonte solar acaba de ultrapassar a marca histórica de 1 terrawatt (TW) de potência instalada. Segundo o “Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026”, principal relatório de mercado do setor solar fotovoltaico mundial, o Brasil, mercado líder em energia solar na América Latina, deve se tornar um dos principais mercados globais nos próximos anos, podendo atingir 54 gigawatts (GW) de capacidade solar total até 2026.

Apresentado durante a Intersolar Europe, maior feira e conferência do setor solar na Europa, realizada entre 10 e 13 de maio, o estudo, coordenado pela SolarPower Europe, associação europeia do setor solar, contou com a participação e co-autoria da Associação Brasileira de Energia Solar fotovoltaica (ABSOLAR). A ABSOLAR foi responsável por dois capítulos do documento: um que apresenta o panorama e perspectivas da energia solar na América Latina, destaque principal desta edição, e outro especificamente dedicado ao mercado solar no Brasil.
 
O relatório anual aponta que, apesar dos impactos sem precedentes causados pela pandemia de COVID-19 no mundo, a capacidade instalada solar dobrou no mundo nos últimos três anos. Com isso, em abril de 2022 o setor ultrapassou a marca de 1 TW de sistemas solares em operação no mundo. A projeção é de que a fonte solar fotovoltaica continuará acelerando seu crescimento, ultrapassando a marca de 2 TW em menos de quatro anos, o que representará o dobro da capacidade de geração de eletricidade da França e da Alemanha somadas.
 
O presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, participou do Congresso em Munique como palestrante e debatedor, em diversas atividades. “Em 2021, o Brasil foi um dos mercados líderes do mundo na instalação de novos sistemas solares, tendo adicionado 5,7 GW ao longo do ano, considerando a somatória das grandes usinas fotovoltaicas com os sistemas de geração própria de energia solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos”, destaca Sauaia.
 
“Atualmente, a fonte solar é a quinta maior da matriz elétrica brasileira, com 15,3 GW de capacidade instalada em operação. Desde 2012, o setor solar trouxe ao País mais de R$ 82,1 bilhões de investimentos e mais de 459 mil novos empregos acumulados, além de ter evitado a emissão de 22 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. Isso é apenas o começo, dado que esta tecnologia limpa, sustentável e acessível ainda tem um imenso potencial para avançar no Brasil”, conclui.
 O Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026 pode ser acessado na íntegra pelo link: https://www.solarpowereurope.org/insights/market-outlooks/global-market-outlook-for-solar-power-2022
 
 
Congresso: principais destaques
Durante o congresso, lideranças europeias destacaram as novas metas de ampliação de uso de fontes renováveis nos países da região. A União Europeia possui diretriz de suprir pelo menos 40% de sua necessidade energética por fontes renováveis até 2030, medida estratégica para o atingimento do compromisso de redução de 55% das emissões de gases de efeito estufa do bloco europeu até 2030 e atingimento de neutralidade de emissões até 2050. Em especial, a Alemanha deverá suprir 80% da sua eletricidade a partir de fontes renováveis até 2030, aumentando a parcela para 100% até 2035.
 
Para atingir estes compromissos, os países europeus têm acelerado a realização de leilões de energia renovável, especialmente solar, e apoiado o crescimento do uso de sistemas solares em telhados de edificações. Outra aposta do bloco é o hidrogênio verde, tecnologia que pode fortalecer a autonomia energética do bloco em relação ao gás natural importado de países como a Rússia.
 
 
Feira: tendências tecnológicas e inovações em destaque
Na feira, foram apresentadas as principais tendências tecnológicas do setor solar na Europa e as inovações em desenvolvimento no mercado da região. Entre elas, chamam a atenção uso de energia solar em telhados e fachadas de edificações, inclusive substituindo materiais construtivos como telhas, brises e revestimentos de fachadas; o crescente interesse em sistemas solares flutuantes, instalados sobre superfícies de água de lagos e reservatórios de hidrelétricas, aumentando a geração de energia renovável e ajudando a reduzir a evaporação de água dos reservatórios; novas aplicações da tecnologia solar junto à produção rural, diretamente sobre plantações, proporcionando um uso duplo da área produtiva; a combinação da geração solar com armazenamento de energia elétrica, especialmente por meio de baterias; a aceleração da eletromobilidade, com diversas novas opções e tecnologias de carregadores de veículos elétricos para uso em residências e empresas; novos softwares e soluções de gestão de consumo de energia elétrica, aplicando a inteligência digital ao setor elétrico, para otimizar o consumo de energia elétrica nos horários críticos, reduzindo gastos e custos aos consumidores.
 

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