Eletricidade

Energia de Noronha virá da força das águas

Até 2014 ilha substituirá geradores a diesel.

Folha de São Paulo
20/08/2012 14:44
Visualizações: 468 (0) (0) (0) (0)

 

A energia de Fernando de Noronha, paraíso ecológico e turístico de Pernambuco, virá do mar, do ar, do sol e até do lixo produzido por seus moradores e visitantes.
É o que promete o projeto de substituição da matriz energética da ilha, que prevê a troca dos geradores atuais, que consomem 310 mil litros de diesel por mês, por fontes limpas e renováveis, até 2014.
Do ar de Noronha, será aproveitado o vento, que movimentará 13 pequenas usinas eólicas. A luz do sol será captada por duas placas fotovoltaicas, e os resíduos sólidos das seis toneladas de lixo produzidas por dia na ilha serão incinerados, de forma controlada, para produzir gás e energia elétrica.
A maior novidade virá do mar. Uma usina desenvolvida na Finlândia vai gerar energia a partir do movimento das águas. Duas placas confeccionadas em fibra de carbono ou vidro, com 200 m² cada uma, serão instaladas a 20 m de profundidade.
Impulsionadas pelo vaivém das correntes em direção à costa, elas produzirão, de forma contínua, 1 mW de energia, o equivalente a 43% do consumo atual de Noronha, estimado em 2,3 mW.
Juntas, as outras fontes produzirão mais 1,2 mW. Para reduzir o consumo na ilha e adequá-lo à produção, pequenas unidades solares e eólicas já estão sendo instaladas nas pousadas locais.
Os projetos, segundo a Secretaria de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, consumirão R$ 44 milhões, sendo R$ 25 milhões apenas com a usina marítima. Parte dos recursos virá da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) e outra parte, do governo do estado.
A primeira usina limpa a funcionar será a de gás neste ano. Em 2013, deverão entrar em operação as unidades eólicas e solares. E, no ano seguinte, a usina marítima.
Para o coordenador da campanha de energia renovável do Greenpeace, Ricardo Baitelo, o projeto, "no papel, parece ótimo".
Doutor em planejamento energético pela USP, Baitelo diz, porém, que será preciso "muito rigor" na verificação do impacto dessas obras na fauna e na flora locais.
"Tem que ser o mais exigente possível, porque seria uma catástrofe um problema com a fauna, com a vida marinha, mesmo se a energia for renovável", afirmou.
"Seria uma publicidade negativa para as fontes que a gente espera que predominem no Brasil, em oposição ao pré-sal".

A energia de Fernando de Noronha, paraíso ecológico e turístico de Pernambuco, virá do mar, do ar, do sol e até do lixo produzido por seus moradores e visitantes.


É o que promete o projeto de substituição da matriz energética da ilha, que prevê a troca dos geradores atuais, que consomem 310 mil litros de diesel por mês, por fontes limpas e renováveis, até 2014.


Do ar de Noronha, será aproveitado o vento, que movimentará 13 pequenas usinas eólicas. A luz do sol será captada por duas placas fotovoltaicas, e os resíduos sólidos das seis toneladas de lixo produzidas por dia na ilha serão incinerados, de forma controlada, para produzir gás e energia elétrica.


A maior novidade virá do mar. Uma usina desenvolvida na Finlândia vai gerar energia a partir do movimento das águas. Duas placas confeccionadas em fibra de carbono ou vidro, com 200 m² cada uma, serão instaladas a 20 m de profundidade.


Impulsionadas pelo vaivém das correntes em direção à costa, elas produzirão, de forma contínua, 1 mW de energia, o equivalente a 43% do consumo atual de Noronha, estimado em 2,3 mW.


Juntas, as outras fontes produzirão mais 1,2 mW. Para reduzir o consumo na ilha e adequá-lo à produção, pequenas unidades solares e eólicas já estão sendo instaladas nas pousadas locais.


Os projetos, segundo a Secretaria de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, consumirão R$ 44 milhões, sendo R$ 25 milhões apenas com a usina marítima. Parte dos recursos virá da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) e outra parte, do governo do estado.


A primeira usina limpa a funcionar será a de gás neste ano. Em 2013, deverão entrar em operação as unidades eólicas e solares. E, no ano seguinte, a usina marítima.


Para o coordenador da campanha de energia renovável do Greenpeace, Ricardo Baitelo, o projeto, "no papel, parece ótimo".


Doutor em planejamento energético pela USP, Baitelo diz, porém, que será preciso "muito rigor" na verificação do impacto dessas obras na fauna e na flora locais.


"Tem que ser o mais exigente possível, porque seria uma catástrofe um problema com a fauna, com a vida marinha, mesmo se a energia for renovável", afirmou.


"Seria uma publicidade negativa para as fontes que a gente espera que predominem no Brasil, em oposição ao pré-sal".

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Royalties
Valores referentes à produção de abril para contratos de...
26/06/25
Margem Equatorial
Em Belém, presidente do IBP defende pesquisas na Margem ...
26/06/25
ANP
Publicado edital do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2025
26/06/25
Leilão
PPSA espera uma arrecadação potencial de R$25 bilhões n...
25/06/25
Combustíveis
ICL alerta para riscos à qualidade dos combustíveis com ...
25/06/25
Oportunidade
CNPEM e USP fazem acordo para oferecer bolsas a pesquisa...
25/06/25
Transpetro
Transpetro reforça investimentos em frota, eficiência e ...
25/06/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
Zinga Metall Brasil participa do Bahia Oil & Gas Energy ...
25/06/25
PetroRecôncavo
PetroRecôncavo celebra 25 anos com investimentos robusto...
25/06/25
Biocombustíveis
Posicionamento IBP - Elevação do percentual de mistura d...
25/06/25
Etanol de milho
Abertura da China amplia parceria estratégica para copro...
25/06/25
Royalties
Valores referentes à produção de abril para contratos de...
25/06/25
Negócio
Copa Energia adquire parte da GNLink e avança em estraté...
25/06/25
Etanol
ORPLANA recebe apoio de associações em defesa do CONSECA...
25/06/25
Leilão
PPSA divulga Limite Mínimo de Preço para o 5º Leilão de ...
24/06/25
PD&I
Nexio apresenta soluções de inovação digital na SP Offshore
24/06/25
Evento
FIEE realizará 1º Congresso da Indústria Eletroeletrônic...
24/06/25
ANP
Manifesto pela revisão de cortes na ANP
24/06/25
Energia Elétrica
Selco economiza mais de R$ 110 mil em oito meses ao migr...
24/06/25
Bahia Investe
Bahia Investe destaca potencial de crescimento do setor ...
24/06/25
Brava Energia
Brava Energia aposta em eficiência e inovação tecnológic...
24/06/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.