Redação TN Petróleo
O último dia do iBEM 25 foi marcado por uma das conferências mais aguardadas do evento, realizada na plenária Energy Integration. Com o tema “A energia como vetor de desenvolvimento social, tecnológico e industrial”, a sessão atraiu grande público e gerou intenso debate sobre o papel da energia na transformação da sociedade e na evolução da indústria nacional.
A conferência contou com a participação de renomados especialistas do setor, entre eles Alessandra Amaral, Diretora Executiva da ADELAT; Jair Oliveira, Presidente do Instituto Politécnico da Bahia (IPB); Aline Lobo, Diretora do Polo Sebrae Onshore; e Matheus Gomes, representante do IEE – Conselho Brasil e Instituto dos Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos. A mediação ficou por conta de Rafael Valverde (foto), CEO da Eolus e um dos organizadores do iBEM 25.
Segundo Valverde, o painel foi extremamente enriquecedor ao apresentar diferentes perspectivas da cadeia energética, abordando infraestrutura, distribuição e regulação do setor. Ele destacou questões como resiliência climática, mudança no perfil dos consumidores e os desafios da transição energética, que requer investimentos vultosos e maior apoio financeiro. “O governo tem um papel fundamental não apenas na organização, mas no planejamento de medidas para destravar e implementar iniciativas que impulsionem mercados verdes e a eletrificação da demanda, gerando desenvolvimento tecnológico e oportunidades para a indústria”, afirmou Valverde. Ele também ressaltou a importância desse progresso para regiões historicamente menos favorecidas, como o Nordeste.
Aline Lobo (foto), gestora do Polo Sebrae Onshore, abordou o impacto socioeconômico da energia nos territórios que recebem projetos energéticos. “A energia deve ser vista como uma política de desenvolvimento para país, estados e municípios, indo além da cadeia produtiva”, explicou. A gestora também enfatizou a importância dos royalties e investimentos das operadoras do setor, que geram empregos e fomentam a economia, especialmente em regiões pobres do Norte e Nordeste.
Durante sua apresentação, Aline compartilhou dados atualizados sobre a arrecadação de royalties em 2024, demonstrando seu impacto nos municípios beneficiados. “Esses recursos são fundamentais para o desenvolvimento local, e é essencial que a sociedade se aproprie dessas informações para cobrar uma melhor aplicação desses valores pelos gestores públicos”, afirmou Aline antes de reiterar o papel do Sebrae na aproximação de pequenos e médios empreendedores, incentivando a inovação e a formação de startups voltadas às demandas energéticas.
O painel evidenciou que a transição energética e o desenvolvimento industrial devem caminhar juntos, promovendo inclusão social e sustentabilidade. O debate reforçou a necessidade de políticas públicas e iniciativas privadas alinhadas para garantir que os benefícios da evolução energética sejam amplamente distribuídos, contribuindo para um futuro mais equilibrado e sustentável.
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