BNDES

Empresas selecionadas pelo BNDES na chamada pública para aquisição de créditos de carbono são divulgadas

Cinco desenvolvedoras foram selecionadas com projetos de conservação (REDD+) e energia geradores.

Redação TN Petróleo/Assessoria BNDES
26/05/2022 13:27
Empresas selecionadas pelo BNDES na chamada pública para aquisição de créditos de carbono são divulgadas Imagem: Divulgação Visualizações: 2069

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou nesta quinta-feira, 26, a conclusão da etapa de Seleção da Chamada Pública para Aquisição de até R$ 10 milhões em Créditos de Carbono. Entre as 11 propostas que o banco recebeu foram selecionadas cinco desenvolvedoras, em conjunto com seus respectivos parceiros, que apresentaram projetos que representam a compra de R$ 8,7 milhões em créditos nesta etapa. São elas Biofílica, Solví, Sustainable Carbon, Carbonext e Tembici. 

Os créditos de carbono mensuram e precificam a redução e/ou remoção de unidades equivalentes a uma tonelada de dióxido de carbono na atmosfera, contribuindo para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. As empresas selecionadas desenvolvem projetos com parceiros que preveem a geração de créditos de carbono. 

A Biofílica Investimentos Ambientais atua em conjunto com a Associação dos Moradores de Reserva Extrativista Rio Preto - Jacundá e Ribeirinhos do Rio Machado – Asmorex. Elas apresentaram um projeto de conservação de floresta amazônica (REDD+) que abrange 94.289 hectares nos municípios de Machadionho d’Oeste e Cujubum (Rondônia) e também prevê ações de desenvolvimento sustentável na comunidade. A Carbonext Teconologia em Soluções Ambientais desenvolve, em conjunto com a Copacabana Agropecuária, Leblon Agropecuária, Ipanema Agropecuária e Bela Aliança Agropecuária, um projeto que prevê a conservação florestal (REDD+) e ações de desenvolvimento social e de biodiversidade em Bujari (Acre), em uma área de 20.669 hectares. Já a Revita Engenharia atua em um projeto de geração de energia a partir de metano em aterro sanitário localizado em Quatá (São Paulo). A Sustainable Carbon – Projetos Ambientais e a Cerâmica Gomes de Mattos propõem projeto de substituição de combustível por biomassa renovável no município de Crato (Ceará), que inclui ações de desenvolvimento social junto a comunidades locais. E, por fim, a Tembici Participações, a Transportes Sustentáveis e a M2 Soluções em Engenharia atuam em parceria por meio de disponibilização de serviço de bicicletas compartilhadas nos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro. O projeto está enquadrado como troca de combustível na matriz de transporte.

Após o processo de seleção, os projetos passarão por diligências que considerarão avaliações técnica e jurídica a serem realizadas por equipes do BNDES.

O mercado voluntário precisa crescer mais de 15 vezes até 2030 para permitir que empresas e instituições cumpram as metas previstas no Acordo de Paris de atingimento de equilíbrio entre emissão e remoção dos gases causadores do efeito estufa (“net zero”) até 2050, segundo a Força Tarefa em Escalonamento de Mercados Voluntários (TSVCM). Neste contexto, a aquisição de créditos de carbono constitui alternativa disponível a empresas e países para o cumprimento de suas metas de descarbonização.

Em março de 2022, o BNDES deu início à chamada pública para aquisição de créditos de carbono, na qual foram convidados proponentes a participar de um processo seletivo para apresentação de propostas técnicas e comerciais referentes a projetos de origem REDD+ (redução de emissões provenientes de desmatamento e degradação florestal), reflorestamento e energia, com a finalidade de aquisição de créditos de carbono pela BNDESPAR.

Bruno Laskowsky, diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto do BNDES, afirma que o BNDES, por meio da iniciativa inédita de aquisição de crédito de carbono, contribui de forma importante para o fomento do mercado de carbono e reforça a cultura de descarbonização do país. 

REDD+: O mecanismo REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) foi desenvolvido pelas partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Por meio dele, países em desenvolvimento podem receber “pagamentos por resultados” de seus esforços para redução da emissão de carbono ao evitar o desmatamento e a degradação florestal.

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