Apex-Brasil leva 50 companhias para a OTC Houston, maior feira mundial do segmento, que ocorre de 6 a 9 de maio
Redação/AssessoriaO Brasil é um dos grandes atores internacionais quando o assunto é Petróleo e este ano um número recorde de empresas se prepara para participar da maior feira mundial do setor, a OTC Houston, que ocorre de 6 a 9 de maio, no Texas, Estados Unidos. Serão 50 empresas brasileiras de vários segmentos da cadeia de valor de petróleo a exporem suas melhores soluções aos compradores internacionais que buscam inovação e confiabilidade. Na delegação brasileira, destaque para a participação de empresas voltadas para a indústria 4.0 e equipamentos de alta tecnologia. Uma missão de internacionalização, voltada para empresas que estão prontas para ampliar seu comércio internacional e abrir operações nos Estados Unidos, acontece uma semana antes do evento com a adesão de 20 empresas. Além disso, um time de peso estará no local focado para atrair investimentos para leilões do setor.
Toda a participação brasileira é organizada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com o Ministério das Relações Exteriores. O pavilhão brasileiro será divido em duas partes: uma de cerca de 500m2, onde as empresas brasileiras vão expor produtos voltados à exportação, e outra de aproximadamente 280m2, que será utilizada para promoção do setor petrolífero brasileiro. Estão previstas palestras e conversas com atores globais nesse local. Além disso, haverá um espaço institucional para parceiros, como a Petrobras, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), por exemplo.
A exploração petrolífera offshore é a especialidade do Brasil, que tem hoje cerca de 3% da produção total mundial, ficando em nono lugar no ranking mundial de produtores de petróleo em 2018. “Com o aumento da exploração brasileira, cresce também a tecnologia desenvolvida em território nacional e a expertise das empresas no setor. Isso aumenta as oportunidades para essas companhias conquistarem novos mercados, e abre também a possibilidade de terem operações fora do país, como escritórios ou representações comerciais. Daí a importância da nossa participação em um evento como este”, explica o gerente de Investimentos da Apex-Brasil, Marco Poli.
Expansão internacional
De olho nessa oportunidade de negócio para as empresas brasileiras, a Apex-Brasil organizou, além da participação na OTC Houston, uma missão de internacionalização que acontece entre 2 e 4 de maio. O objetivo é mostrar aos empresários interessados um pouco mais a fundo como funciona o mercado norte-americano, proporcionando, inclusive, uma imersão de negócios no maior produtor mundial de petróleo atualmente.
“Por mais que a empresa tenha experiência em vender para aquele país, é muito diferente quando se decide pela abertura de operações internacionais. A Agência tem como objetivo ajudar essas empresas no planejamento da expansão, visando diminuir os riscos envolvidos nesse momento”, explica Poli.
Durante a missão, os empresários vão participar de palestras e encontros com especialistas para saber mais sobre o ambiente de negócios nos Estados Unidos, particularidades do mercado, e terão contato direto com prestadores de serviços relacionados à abertura de empresas, como contadores e advogados. Além disso, serão apresentados cases de sucesso de empresas brasileiras instaladas em Houston. A ideia é que haja uma troca de experiências sobre os erros e acertos mais comuns na hora de abrir uma filial. A Agência também organizou visitas técnicas a locais estratégicos, como o porto da cidade, o mais movimentado dos Estados Unidos em volume de toneladas de bens importados, e o segundo em volume total.
Atração de investimentos
A equipe da Apex-Brasil também estará no evento com foco em atrair investimentos para o país. Em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME), o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e a ANP, serão promovidos seminários e reuniões com potenciais investidores para leilões que devem ocorrer no Brasil no final de outubro. A expectativa do governo brasileiro é de arrecadar cerca de R$ 100 bilhões nesse leilão para exploração de volumes de petróleo e gás excedentes por meio de um contrato de Cessão Onerosa, assinado com a Petrobras em 2010.
A Agência também vai trabalhar para atrair investimentos por meio de facilitação de parcerias entre empresas estrangeiras e brasileiras. O Brasil tem grandes vantagens geológicas, um mercado consumidor muito relevante e com potencial de crescimento gigantesco, além de contar com inúmeras empresas de médio e pequeno porte que atendem aos padrões internacionais, uma vez que fazem parte do cadastro de fornecedores da Petrobras. Isso as torna aptas a atuar com outras grandes operadoras globais, podendo ser por meio de exportação, ou de parcerias com empresas estrangeiras que querem entrar no país. O Brasil hoje está na 15ª posição no ranking mundial de reservas comprovadas, com 12,8 bilhões de barris de petróleo e está inserido no mercado internacional como um forte competidor.
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