Pesquisa

Empresas apoiam conteúdo nacional

Pesquisa da PwC mostra que empresas são favoráveis às exigências.

Jornal do Commercio
15/10/2012 13:43
Visualizações: 316 (0) (0) (0) (0)

 

Pesquisa da PwC Brasil revela que os fornecedores de bens e serviços para a indústria naval, de óleo e gás e operadoras de blocos exploratórios apoiam as exigências de conteúdo local da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nos empreendimentos de petróleo e gás natural. Entre os entrevistados, 68% são favoráveis ao conteúdo nacional, no entanto, 61% consideram que a regra aumentará em mais de 10% os custos de exploração e desenvolvimento do setor no Brasil.
O sócio da PwC Brasil Marcos Panassol relata que foram entrevistadas, no primeiro semestre deste ano, 30 empresas ligadas ao segmento de petróleo e gás para concretizar o estudo. Ele argumenta que a necessidade de melhorar a competitividade e a capacidade tecnológica da indústria local é um dos fatores que justifica o forte apoio ao conteúdo nacional. A medida, no entanto, deve pressionar os custos de exploração, prejudicando a atratividade para investimentos estrangeiros. Quase 27% dos entrevistados preveem elevação de gastos em até 10%, e 61% acima desse valor, o que significa que 88% apontam aumento de custos com a exigência do conteúdo local. Menos de 4% acreditam em redução de custos.
A pesquisa também mostra que, mesmo com a adesão, 70% dos profissionais sondados consideram que as regras não são claras. Esse mesmo percentual aponta que o parque industrial brasileiro não está apto a atender à demanda exigida pelo índice de nacionalização e 90% não identificam capacidade concorrencial nas empresas nacionais.
A sondagem buscou mapear as vantagens da legislação de conteúdo nacional. As principais, na opinião de 19,7% dos entrevistados, são o fortalecimento da indústria e geração de empregos, seguidas da transferência de tecnologia (16,6%), qualificação da mão de obra (13,6%) e economia de divisas (6,8%). “Das cinco principais vantagens apontadas, quatro estão ligadas aos impactos macroeconômicos, como fortalecimento da indústria, geração de empregos e qualificação da mão de obra. A exceção é o item transferência de tecnologia, uma variável microeconômica”, diz Panassol.
Os executivos apontaram ainda algumas desvantagens, como custo final dos projetos (14,2%). Um ponto que divide a opinião dos entrevistados é com relação à capacidade fiscalizadora da ANP: 50% consideram que a agência não tem condições de fiscalizar o cumprimento do coeficiente de nacionalização. Atualmente, segundo dados da agência, são 79 concessionários na área de exploração e produção, sem considerar as subsidiárias, e 20 certificadoras credenciadas, nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. Até o final de 2011, foram emitidos mais de 7 mil certificados de conteúdo local, o que corresponde a US$ 3,2 bilhões em bens e serviços. Panassol acredita que muitas das dificuldades indicadas atualmente pelas empresas do setor serão superadas nos próximos cinco anos.

Pesquisa da PwC Brasil revela que os fornecedores de bens e serviços para a indústria naval, de óleo e gás e operadoras de blocos exploratórios apoiam as exigências de conteúdo local da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nos empreendimentos de petróleo e gás natural. Entre os entrevistados, 68% são favoráveis ao conteúdo nacional, no entanto, 61% consideram que a regra aumentará em mais de 10% os custos de exploração e desenvolvimento do setor no Brasil.


O sócio da PwC Brasil Marcos Panassol relata que foram entrevistadas, no primeiro semestre deste ano, 30 empresas ligadas ao segmento de petróleo e gás para concretizar o estudo. Ele argumenta que a necessidade de melhorar a competitividade e a capacidade tecnológica da indústria local é um dos fatores que justifica o forte apoio ao conteúdo nacional. A medida, no entanto, deve pressionar os custos de exploração, prejudicando a atratividade para investimentos estrangeiros. Quase 27% dos entrevistados preveem elevação de gastos em até 10%, e 61% acima desse valor, o que significa que 88% apontam aumento de custos com a exigência do conteúdo local. Menos de 4% acreditam em redução de custos.


A pesquisa também mostra que, mesmo com a adesão, 70% dos profissionais sondados consideram que as regras não são claras. Esse mesmo percentual aponta que o parque industrial brasileiro não está apto a atender à demanda exigida pelo índice de nacionalização e 90% não identificam capacidade concorrencial nas empresas nacionais.


A sondagem buscou mapear as vantagens da legislação de conteúdo nacional. As principais, na opinião de 19,7% dos entrevistados, são o fortalecimento da indústria e geração de empregos, seguidas da transferência de tecnologia (16,6%), qualificação da mão de obra (13,6%) e economia de divisas (6,8%). “Das cinco principais vantagens apontadas, quatro estão ligadas aos impactos macroeconômicos, como fortalecimento da indústria, geração de empregos e qualificação da mão de obra. A exceção é o item transferência de tecnologia, uma variável microeconômica”, diz Panassol.


Os executivos apontaram ainda algumas desvantagens, como custo final dos projetos (14,2%). Um ponto que divide a opinião dos entrevistados é com relação à capacidade fiscalizadora da ANP: 50% consideram que a agência não tem condições de fiscalizar o cumprimento do coeficiente de nacionalização. Atualmente, segundo dados da agência, são 79 concessionários na área de exploração e produção, sem considerar as subsidiárias, e 20 certificadoras credenciadas, nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. Até o final de 2011, foram emitidos mais de 7 mil certificados de conteúdo local, o que corresponde a US$ 3,2 bilhões em bens e serviços. Panassol acredita que muitas das dificuldades indicadas atualmente pelas empresas do setor serão superadas nos próximos cinco anos.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.