Política

Empresários brasileiros e norte-americanos querem fim da bitributação

Países também querem o fim da obrigatoriedade de vistos.

Agência Brasil
16/10/2012 12:36
Visualizações: 157

 

Enquanto Brasil e Estados Unidos divergem sobre ações protecionistas e deixam fora de pauta qualquer negociação para acordo de livre comércio, representantes empresariais dos dois países tentam avançar na direção de acordos setoriais e do fim da bitributação. Em meio a isso, há também o interesse dos dois países em facilitar a obtenção de vistos para turistas e para viagens de negócios.
“Há muitas empresas brasileiras investindo nos Estados Unidos que acabam tendo sua competitividade prejudicada pela bitributação. Elas acabam recolhendo impostos lá e, depois, também no Brasil”, disse o diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi, hoje (15), em Brasília, durante reunião plenária do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (Cebeu).
Apesar do interesse empresarial e dos acenos dos governos dos dois países no sentido de diminuir a bitributação, Abijaodi considera que a questão não é tão simples de ser resolvida, porque os governos não querem perder receita. “Livre comércio é ainda complicado, mas ninguém desistiu disso. Enquanto não acontece, podemos estreitar as relações por meio de acordos setoriais”, completou.
Segundo Abijaodi, a eliminação de vistos de negócios está bem próxima de se concretizar. “Os vistos para homens de negócios estão mais adiantados, com bom andamento por parte do governo brasileiro. Mas precisamos ainda nos adaptar à questão da reciprocidade, de forma a assimilar o que já é feito pelos Estados Unidos, que têm mais estrutura. Isso exige, do Brasil, aparelhamento e adaptação da nossa forma de imigração”.
Para o presidente da seção brasileira do Cebeu, Frederico Curado, essa aproximação de interesses entre os dois países não impede outros acordos do Brasil. “O potencial econômico envolvendo Brasil e Estados Unidos ainda é significantemente inexplorado. O Brasil não precisa deixar o Mercosul para estabelecer acordo de livre comércio real com os Estados Unidos. Queremos permanecer para sempre no Mercosul”, explicou.
O presidente da seção norte-americana do conselho, Greg Page, diz que as questões envolvendo facilidades para a obtenção de vistos envolve “medidas complicadas, mas factíveis”. Segundo ele, investimentos de US$ 40 milhões do governo do seu país para o fornecimento de vistos a brasileiros já estão eliminando as filas para obtenção do documento em São Paulo. “Há alguns anos, ninguém nos dois países achava que se poderia avançar nesse ponto”, disse.
Segundo o presidente da seção brasileira do Fórum de Altos Executivos Brasil-Estados Unidos, Josué Gomes da Silva, há um “boom de investimentos privados” envolvendo os dois países. “Talvez estejamos vivendo o melhor momento histórico na relação bilateral. Poderíamos estar melhores se não estivéssemos vivenciando essa crise internacional. O importante é que somos muito mais parceiros do que concorrentes - inclusive para abastecer, com alimentos e de forma complementar, o mundo”, disse.
Secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Tatiana Prazeres disse que o diálogo com o setor privado “é o único caminho para se ampliar o potencial da relação comercial entre os dois países”. Ela se disse otimista com a ampliação de bolsistas brasileiros naquele país. “Até o ano passado, apenas 5 mil bolsistas estavam fora do Brasil. Nos próximos quatro anos, 100 mil estudantes brasileiros terão vivência nos Estados Unidos”.

Enquanto Brasil e Estados Unidos divergem sobre ações protecionistas e deixam fora de pauta qualquer negociação para acordo de livre comércio, representantes empresariais dos dois países tentam avançar na direção de acordos setoriais e do fim da bitributação. Em meio a isso, há também o interesse dos dois países em facilitar a obtenção de vistos para turistas e para viagens de negócios.


“Há muitas empresas brasileiras investindo nos Estados Unidos que acabam tendo sua competitividade prejudicada pela bitributação. Elas acabam recolhendo impostos lá e, depois, também no Brasil”, disse o diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi, hoje (15), em Brasília, durante reunião plenária do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (Cebeu).


Apesar do interesse empresarial e dos acenos dos governos dos dois países no sentido de diminuir a bitributação, Abijaodi considera que a questão não é tão simples de ser resolvida, porque os governos não querem perder receita. “Livre comércio é ainda complicado, mas ninguém desistiu disso. Enquanto não acontece, podemos estreitar as relações por meio de acordos setoriais”, completou.


Segundo Abijaodi, a eliminação de vistos de negócios está bem próxima de se concretizar. “Os vistos para homens de negócios estão mais adiantados, com bom andamento por parte do governo brasileiro. Mas precisamos ainda nos adaptar à questão da reciprocidade, de forma a assimilar o que já é feito pelos Estados Unidos, que têm mais estrutura. Isso exige, do Brasil, aparelhamento e adaptação da nossa forma de imigração”.


Para o presidente da seção brasileira do Cebeu, Frederico Curado, essa aproximação de interesses entre os dois países não impede outros acordos do Brasil. “O potencial econômico envolvendo Brasil e Estados Unidos ainda é significantemente inexplorado. O Brasil não precisa deixar o Mercosul para estabelecer acordo de livre comércio real com os Estados Unidos. Queremos permanecer para sempre no Mercosul”, explicou.


O presidente da seção norte-americana do conselho, Greg Page, diz que as questões envolvendo facilidades para a obtenção de vistos envolve “medidas complicadas, mas factíveis”. Segundo ele, investimentos de US$ 40 milhões do governo do seu país para o fornecimento de vistos a brasileiros já estão eliminando as filas para obtenção do documento em São Paulo. “Há alguns anos, ninguém nos dois países achava que se poderia avançar nesse ponto”, disse.


Segundo o presidente da seção brasileira do Fórum de Altos Executivos Brasil-Estados Unidos, Josué Gomes da Silva, há um “boom de investimentos privados” envolvendo os dois países. “Talvez estejamos vivendo o melhor momento histórico na relação bilateral. Poderíamos estar melhores se não estivéssemos vivenciando essa crise internacional. O importante é que somos muito mais parceiros do que concorrentes - inclusive para abastecer, com alimentos e de forma complementar, o mundo”, disse.


Secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Tatiana Prazeres disse que o diálogo com o setor privado “é o único caminho para se ampliar o potencial da relação comercial entre os dois países”. Ela se disse otimista com a ampliação de bolsistas brasileiros naquele país. “Até o ano passado, apenas 5 mil bolsistas estavam fora do Brasil. Nos próximos quatro anos, 100 mil estudantes brasileiros terão vivência nos Estados Unidos”.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Pré-Sal
Cerimônia marca início da produção do campo de Bacalhau,...
17/12/25
Logística
Santos Brasil recebe autorização para operar com capacid...
16/12/25
Indicadores
ETANOL/CEPEA: Indicadores são os maiores da safra 25/26
16/12/25
Sergipe
Projeto Sergipe Águas Profundas reforça expansão da ofer...
15/12/25
Etanol
Hidratado sobe pela 9ª semana seguida
15/12/25
Meio Ambiente
Shell Brasil, Petrobras e CCARBON/USP lançam o Carbon Co...
12/12/25
Energia Solar
Desafios de topografia na geração de energia solar: conh...
12/12/25
Oferta Permanente
Seminário da ANP apresenta informações sobre a Oferta Pe...
12/12/25
Drilling
SLB conclui a construção do primeiro poço de injeção de ...
12/12/25
Drilling
Shell assina contrato com a Valaris para uso de sonda of...
12/12/25
Royalties
Estudo revela proporção de royalties na receita municipa...
12/12/25
Sergipe Oil & Gas 2026
SOG26 destaca Sergipe como nova fronteira na produção de...
12/12/25
Biocombustíveis
Sessão especial celebra 8 anos do RenovaBio e reforça su...
12/12/25
Navegação Interior
A Revolução Livre de Graxa no setor de embarcações de se...
12/12/25
Reconhecimento
IBP conquista novamente o "Oscar dos Eventos" com a ROG....
11/12/25
Firjan
Rio pode ganhar mais 676 mil empregos com estímulo a 9 n...
10/12/25
Reconhecimento
Programa Nacional de Transparência Pública concede certi...
10/12/25
Combustíveis
Com novo aumento do ICMS para 2026, impacto nos preços d...
10/12/25
PPSA
Contratos de partilha vão produzir 2 milhões de barris a...
10/12/25
Logística
Transpetro amplia atuação logística com integração da PB...
09/12/25
Posicionamento IBP
Imposto Seletivo sobre petróleo e gás ameaça exportações...
09/12/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.