Paraná

Embarque inédito de gergelim mostra eficiência do Porto de Paranaguá em diferentes tipos de carga

Redação TN Petróleo/Assessoria
04/11/2021 16:08
Embarque inédito de gergelim mostra eficiência do Porto de Paranaguá em diferentes tipos de carga Imagem: Divulgação Visualizações: 2357

No berço 202 do Porto de Paranaguá, o navio Lady Lilly realiza uma operação inédita de embarque de gergelim em sacas. O produto nacional, que segue para exportação, é estivado direto nos cinco porões da embarcação. Em média, cada espaço vai levar cerca de 4 mil toneladas da semente, totalizando um embarque de 20 mil toneladas que têm como destino a Guatemala. Até então, a semente já era exportada pelo terminal paranaense, mas somente em contêineres

A falta de contêineres no mundo todo fez com que os exportadores e importadores buscassem diferentes soluções. O navio atracou por volta do meio-dia desta quarta-feira (3). A previsão é que a operação seja concluída na próxima semana. Os responsáveis pela carga – tanto da importação quanto da exportação – vieram a Paranaguá para acompanhar de perto a operação.

O diretor empresarial da Portos do Paraná, André Pioli, explica que o ineditismo está exatamente nesse embarque direto no porão do navio, em uma modalidade conhecida como carga geral. “Isso demonstra que o Porto de Paranaguá é um porto eficiente nos diversos tipos de carga, que tem capacidade de operar na importação e exportação. Com a escassez no mercado dos contêineres, os navios de carga geral voltam a procurar Paranaguá como opção eficiente ao serviço”, afirma Pioli.

“Esse gergelim vai de Paranaguá para a Guatemala onde será manufaturado e distribuído para o mundo. Na nossa conversa, eles demonstraram buscar no Paraná, além de uma opção de transporte, também a instalação de uma unidade para a manufatura do produto”, disse o diretor.

Ainda segundo o Pioli, o município de Paranaguá, por já oferecer a área portuária, seria uma boa opção. “Estaria perto do porto, seria fácil para embarcar e distribuir a carga manufaturada para o mundo inteiro”, comenta. “Essa visita dos donos da carga pode trazer muitas coisas boas à nossa região”, completa.

Suhel Turjman, da empresa guatemalteca Semillas Universalles, confirma a possibilidade de a empresa instalar uma unidade no Paraná para processar o produto e diz que isso pode acontecer em breve. “É uma possibilidade, sim. A gente acredita que o Paraná é atualmente uma excelente opção logística”, disse, destacando a organização e eficiência do porto de Paranaguá.

MANUFATURA - No país da América Central, o gergelim será processado antes de ser novamente exportado. Até lá, serão 20 dias de viagem, se a navegação for pelo Canal do Panamá.

Como explicaTurjman, o gergelim embarcado nos portos paranaenses terá como destino as padarias de países como Estados Unidos e outros da Europa, Oriente Médio e América do Sul. “Provavelmente vai vir a parar no pão de hambúrguer do seu sanduíche”, diz.

Segundo José Francisco Cordova, diretor da Sezam Zaad, do mesmo grupo guatemalteco (Unisource), faz três anos que a empresa atua no ramo de gergelim no Brasil. “Nesse período, enviamos a carga somente em contêineres pelos portos de Santos e Paranaguá. Gergelim é um produto 90% de exportação, utilizado para fazer óleo e outros alimentos que queremos que sejam feitos aqui para exportarmos diretamente o produto final”, afirmou.

GANHOS - A operação do navio Lady Lilly é da empresa Marcon Logística Portuária. De acordo com o diretor comercial Patrick Ferreira Tavares, esse embarque de gergelim marca o retorno do produto para a modalidade de “carga solta” (carga geral).

O embarque pelo Porto de Paranaguá, explica ele, gera muitos ganhos para a economia da região, com cerca de 400 pessoas por dia na operação no embarque da carga. Foram dois os motivos que fizeram os clientes optarem pelo Porto de Paranaguá. “Pela condição do porto abrigar vários tipos de cargas e abrir as portas para novos negócios, e também pela facilidade de espaço, a retroárea, para esse tipo de mercadoria fora do porto”, afirma Tavares.

O gergelim, como item alimentício, não pode ter contato com produtos químicos. Além disso, pelo volume, ocupa o dobro de espaço que outras mercadorias ensacadas. “Para um navio de 20 mil toneladas foi necessário dispor de um espaço de retroárea de 40 mil toneladas. E esse espaço hoje, nos demais portos brasileiros, é extremamente disputado. Em Paranaguá, há essa disponibilidade”, completou.

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