A próxima turma começa no dia 29 de outubro, na sede da Fiesp e do Ciesp.
Agência FiespDesta vez, empresas de pequeno e médio portes que já atuam como fornecedoras da Petrobras são o público-alvo da iniciativa, resultado de uma parceria entre a Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP) e a Universidade de São Paulo (USP).
Depois de passar por nove regiões do estado, o programa do Núcleo de Apoio à Gestão da Inovação na cadeia produtiva de Petróleo e Gás (Nagi P&G) chega à Baixada Santista.
Desta vez, empresas de pequeno e médio portes que já atuam como fornecedoras da Petrobras são o público-alvo da iniciativa, resultado de uma parceria entre a Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP) e a Universidade de São Paulo (USP).
O evento de lançamento dessa etapa aconteceu na manhã desta sexta-feira (17/10), no auditório da Unidade de Operações da Petrobras na Bacia de Santos (UO-BS), com presença de aproximadamente 40 representantes de empresas interessadas.
A próxima turma começa no dia 29 de outubro, na sede da Fiesp e do Ciesp.
Interessados podem fazer suas adesões até 24 de outubro pelo e-mail nagipg@fiesp.com .
Kalenin Branco, do Competro/Fiesp: o resultado do Nagi-P&G é a inserção de uma mentalidade inovadora dentro das empresas. Foto: Tâmna Waqued/Fiesp
De acordo com Kalenin Branco, integrante do Comitê da Cadeia Produtiva de Petróleo & Gás (Competro) da Fiesp, a área de P&G apresenta constante demanda por tecnologia, mas nem sempre as empresas se preparam de forma adequada para a gestão da inovação. “A ideia é que vocês se motivem a participar desse processo e abracem a gestão inovadora”, incentivou Branco. “O resultado é a inserção de uma mentalidade inovadora dentro das empresas”.
Na sequência do evento, o diretor da unidade do Senai-SP em Santos, Getúlio Rocha Junior, falou sobre os investimentos da instituição em uma nova escola, com atenção especial ao mercado de P&G. “Esperamos que seja um centro de excelência não só em nível nacional, mas em nível mundial”, afirmou Rocha Junior, colocando o Senai-SP à disposição de indústrias interessadas em serviços tecnológicos e formação de mão de obra especializada.
Representando o Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp, Egídio Zardo Junior explicou que, ao participar do programa, os principais benefícios das empresas são a possibilidade de avaliar o estágio de maturidade em inovação e, ainda, receber propostas de ações e de metas para aprimorar-se. A prospecção de novas oportunidades é outra vantagem possível.
“Desde 2012 o Nagi P&G mobilizou mais de 400 empresas em nove regiões. Tivemos 110 adesões e nossa meta final é de 80 empresas capacitadas”, enumerou Zardo Junior.
Moacir de Miranda Oliveira Junior, da USP: inovação é um encontro virtuoso entre ideias e necessidades do mercado.
O programa dura sete meses entre capacitações coletivas, autodiagnósticos e consultorias individuais. Entre os módulos há um dedicado a linhas de financiamento e incentivos à inovação, facilitando o contato com agências de fomento. A última etapa, segundo ele, é uma assessoria que culmina com a elaboração de planos de gestão e inovação.
O processo conta com o acompanhamento de um consultor.
Em sua apresentação, o professor doutor Moacir de Miranda Oliveira Junior, do Núcleo de Política e Gestão Tecnológica da USP (PGT/USP), explicou que inovação é um “encontro virtuoso entre ideias e necessidades do mercado” e que a gestão desse processo tem o papel de delinear diretrizes de atuação alinhadas com a estratégia corporativa, de modo a articular recursos humanos, financeiros, materiais e conhecimentos e competências de fontes internas e externas.
“No fundo, inovação é uma estratégia para a melhoria do resultado final”, resumiu.
Case de sucesso
Antonio Luiz Schiliro: “Setor é muito dinâmico. As demandas são grandes e é preciso se preparar muito bem antes de pensar em crescimento”.
Para mostrar um caso de sucesso foi convidado um participante do Nagi P&G, o empresário Antonio Luiz Schiliro, da AR – Ar Condicionado e Engenharia, que integra sistemas de tratamento de ar. “Dentro do Nagi tivemos a oportunidade de conhecer industriais e soluções”, ressaltou Schiliro, que falou das visitas técnicas propiciadas pelo programa – uma delas à Replan/Paulínia, por exemplo.
Outra oportunidade agarrada pelo empresário foi uma missão comercial organizada pela Fiesp e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para a Europa. “Tivemos a oportunidade de conhecer todas a estrutura do setor naval na Finlândia e Noruega e participamos de encontros B2B com indústrias locais. E foi na Noruega que descobrimos a força das pequenas e médias empresas na cadeia de óleo e gás”.
No momento, a empresa está desenvolvendo trabalhos para a nova refinaria do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), com obras em andamento no município de Itaboraí (RJ) e para empresas que atuam em Macaé (RJ) – cidade-base para a Bacia de Campos. “Também estamos em Três Lagoas (MG) para uma fábrica que vai produzir fertilizantes nitrogenados”, acrescentou.
De toda essa experiência ficou uma lição. “Aprendemos que o setor é muito dinâmico. As demandas são grandes e é preciso se preparar muito bem antes de pensar em crescimento”, testemunhou Schiliro.
Dicas
Oswaldo Kawakami, gerente geral da UO/BS Petrobras: é fundamental que interessados em fornecer para a Petrobras atendam a requisitos técnicos envolvendo segurança, meio ambiente e saúde.
O evento contou ainda com a participação de Oswaldo Kawakami, gerente geral da UO/BS Petrobras.
Ele apresentou os investimentos previstos e em andamento para a Bacia de Santos até 2020. “São cerca de 21 novas plataformas até 2020. Nove serão afretadas e 12, próprias da Petrobras. A gente calcula que teremos cerca de 60 contratos para cada plataforma. E 35.000 itens para cada uma delas. Imagine a quantidade de produtos que vamos precisar nos próximos seis anos”, sugeriu.
Segundo ele, nos últimos dois anos a Petrobras contou com 1.056 fornecedores e 20.000 itens movimentados. “São mais de 300 recebimentos por mês”.
De acordo com Kawakami, é fundamental que interessados em fornecer para a Petrobras atendam a requisitos técnicos envolvendo segurança, meio ambiente e saúde. Outro ponto a ser observado é manter cadastro atualizado junto à empresa. “É muito importante esse aspecto: a informação constante sobre a entrega. Outro é a alimentação dos aspectos fiscais e de entrega no Portal Petrobras. Se não faz essa alimentação, não temos como garantir o pagamento”, alertou.
O engenheiro e consultor Virgílio Calças Filho, ex-funcionário da Petrobras, também participou do evento. Ele apresentou os desafios para as empresas no pré-sal, em que as reservas, situadas em águas profundas, são mais difíceis de alcançar.
“Qualquer área da Petrobras que você vai trabalhar tem que levar em consideração muito fortemente esse aspecto de segurança, saúde e meio ambiente. Muitas vezes para ganhar meia hora em um serviço pode levar a um acidente que deixa o local um mês interditado. Segurança não é perda de tempo, segurança não é prejuízo. A Petrobras lida com produtos inflamáveis e é extremamente perigoso se não souber trabalhar com o produto”.
Ele destacou ainda que 80% de fornecedores de micro, pequenas e médias empresas. “Vocês têm chance de entrar nesse mercado”.
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