Redação TN Petróleo/Assessoria Firjan
Em reunião do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Magda Chambriard, presidente da Petrobras, destacou como a companhia vem contribuindo para que o país tenha segurança energética e desenvolvimento econômico e humano. Ela também defendeu a continuidade dos investimentos no Norte do estado do Rio e nos campos maduros.
Magda Chambriard participou da reunião para apresentar o Planejamento Energético e o Plano Clima da Petrobras. O encontrou ocorreu na sede da federação, no Centro do Rio, em 14/10. Presidente do Conselho, Emiliano Fernandes também enfatizou que a questão do Norte Fluminense é de suma importância.
"As lideranças da região têm que entender a necessidade de discutir a continuidade dessa produção de petróleo ao longo do tempo, os incentivos que são necessários para a continuidade da produção e os impactos econômicos que essas atividades representam para o nosso estado", disse Emiliano, que ao final trouxe a pauta da necessidade de regulamentação do tieback.
O presidente do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás anunciou que na próxima semana, dia 23/10, será lançada a publicação "A Jornada Firjan pela Transição Energética na Indústria", no evento Diálogos da Transição, realizado em parceria com a agência Eixos.
Já a presidente da Petrobras mostrou dados que apresentam os países desenvolvidos, que têm maior consumo de energia, como sendo também os de maior desenvolvimento humano. Por isso, alertou: "O Brasil precisa aumentar sua produção e consumo de energia e investir em novas linhas de transmissão." Completando que: "É para termos um melhor índice de desenvolvimento humano que trabalhamos. É para isso que a COP e o ESG também trabalham".
Sobre o Norte Fluminense, Magda destacou que a região ficou desassistida na questão do preço de referência do petróleo, principalmente porque é lá que acontece o pós-sal. "É importantíssimo avançamos nisso, não deixar isso para trás, porque a gente tem uma dificuldade real de viabilizar investimentos no Norte Fluminense. A região não merece ser desassistida, não merece ser deixada para trás", avaliou.
A presidente citou também dados sobre a redução de emissão: "Nos últimos dez anos, a Petrobras reduziu 60% das emissões de metano e reduziu 40% das emissões de CO2. Todas as propostas relativas à redução de emissão, principalmente o escopo 1 e 2, estão completamente dentro dos limites e das demandas do Acordo de Paris", afirmou.
Magda também falou sobre o escopo 3 do Acordo de Paris. Segundo ela, temos gasolina, carbono neutro, coque mais verde e diesel coprocessado participando junto com o agro.
"Não pode haver Plano Clima sem que esteja de mãos dadas com o Planejamento Energético do país. Eles juntos é que permitirão o avanço do índice de desenvolvimento humano. Hoje a gente faz diesel com 5% de conteúdo renovável e já estamos testando com até 10%. E combustível naval, o bunker, com 24% de biodiesel renovável, que vem sendo vendido na Ásia, com grande aceitação", complementou.
De acordo com a presidente da Petrobras, embora a Política Nacional sobre a mudança de clima e a Política Energética tenham visões distintas, têm objetivos comuns para assegurar o bem-estar da sociedade brasileira: a erradicação da pobreza, a redução das desigualdades sociais, o aproveitamento racional de energia e a redução das emissões provenientes da produção de energia e do transporte.
Já Karine Fragoso, assessora do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da Firjan, e Tatiana Lauria, assessora do Conselho Empresarial de Energia Elétrica da Firjan, apresentaram o conceito da Jornada Firjan pela Transição Energética na Indústria.
Karine informou que a publicação, que será lançado em 23/10, "trata da integração e a diversificação de fontes, tecnologias, competências e mercados. Vamos continuar com a adição de energia, com a eficiência operacional para entregar melhor qualidade de vida para a sociedade sem deixar de atender às demandas socioambientais".
Tatiana Lauria explicou a visão do Conselho de Energia Elétrica da federação em relação à transição energética, que foi incluída no Plano de Trabalho do Conselho, que tem três vertentes: a regulatória, o empoderamento do consumidor e a segurança energética. "Estamos levando conhecimento aos pequenos empresários, principalmente sobre como podem se inserir no contexto da transição energética, o que existe de oportunidade para eles, a modernização das redes e a abertura do Mercado Livre, como o consumidor vai se inserir também novo ambiente", disse Tatiana.
Participaram ainda da reunião, Raul Sanson, vice-presidente do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da Firjan; Angélica Laureano, diretora executiva de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras; Sylvia Anjos, diretora Executiva de Exploração e Produção da Petrobras; Claudia Guimarães, vice-presidente do Conselho de ESG da federação; além de integrantes dos conselhos da Firjan de ESG e de Energia Elétrica.
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