Redação TN Petróleo/Assessoria
A Santos Port Authority (SPA), estatal que administra o Porto de Santos, encerrou 2020 com o melhor resultado financeiro de sua história ao registrar lucro líquido de R$ 202,5 milhões, alta de 132% sobre 2019, quando fechou com lucro de R$ 87,3 milhões – antes de ajustes de anos anteriores. O desempenho reflete as ações de austeridade e racionalização de gastos empreendidas pela Companhia, cuja desestatização está prevista para ocorrer em 2022. É também a primeira vez que a SPA apura dois anos consecutivos no azul desde 2014.
A receita líquida cresceu 15%, para R$ 1,1 bilhão, impulsionada pelo desempenho do agronegócio nacional, o que proporcionou novo recorde histórico de movimentação de cargas, avançando 9,4% em relação ao ano anterior e alcançando 146,6 milhões de toneladas.
As diversas ações de otimização de gastos, revisão de processos e redução de despesas favoreceram significativamente o resultado. As despesas administrativas recorrentes tiveram forte recuo e demonstraram queda de 16% na base anual. Os custos operacionais recorrentes cresceram 4,2%, abaixo do incremento verificado nas receitas, o que resultou em ganho de 1,6 ponto percentual na relação custos/receita líquida, indicando maior eficiência operacional.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), ajustado por eventos extraordinários, avançou 48,8% e alcançou R$ 502,7 milhões, margem de 47,5%, um crescimento de 12,6 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
“O resultado reflete o turnaround iniciado em 2019 para assegurar o equilíbrio econômico e financeiro da Companhia, possibilitando, além da resolução de passivos históricos, como o equacionamento do déficit atuarial do plano de pensão, o fortalecimento do caixa da Companhia para viabilizar a melhoria contínua dos serviços e a realização dos investimentos indispensáveis para a sustentabilidade do principal ativo portuário nacional”, afirmou o diretor-presidente da SPA, Fernando Biral.
O ano de 2020 registrou outras importantes conquistas. Foi aprovado o novo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ), que permitirá a modernização do complexo portuário ao planejar estrategicamente a ocupação das áreas públicas pelos próximos 20 anos. Aliado a isso, em nítida demonstração de confiança do setor privado na área portuária nacional, foram realizados os leilões para arrendamento de dois terminais (STS 14 e STS 14A) destinados à movimentação e armazenagem de carga geral, especialmente celulose. Os terminais demandarão investimentos mínimos de aproximadamente R$ 380 milhões e renderão um total de R$ 505 milhões em outorgas para a SPA.
“A SPA se manterá focada na continuidade da transformação cultural da empresa, com foco em governança e eficiência, por meio, sobretudo, da realização de investimentos que viabilizem o aumento de receitas e a revisão contínua dos processos e contratos em busca de racionalizações”, destacou o diretor de Administração e Finanças, Marcus Mingoni.
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