Energia

Eletrosul investe na geração de enegia solar

Valor Econômico
04/07/2011 09:22
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A Eletrosul pretende investir até R$ 20 milhões para dominar o enriquecimento de silício, última etapa para que o Brasil domine totalmente a tecnologia de fabricação de painéis de geração de energia fotovoltaica. O edital para recebimento de propostas foi lançado na semana passada e considera a produção de 200 painéis solares totalmente fabricados no país.

As empresas e instituições interessadas em participar da licitação têm até 11 de agosto para entregar as propostas. A companhia vai analisar as ofertas em até 45 dias e depois disso a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) terá até 60 dias para se manifestar a respeito do projeto escolhido pela empresa.

"É bem possível que a gente comece 2012 com o projeto andando", disse Jorge Luis Alves, gerente do departamento de pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética da Eletrosul.

A subsidiária da Eletrobras não estipulou prazo para a entrega dos painéis, variável que vai contar pontos na licitação. Além do prazo de entrega, a Eletrosul vai analisar o custo dos projetos apresentados, os parâmetros técnicos das propostas e o histórico dos proponentes antes de escolher uma das ofertas e apresentá-la à Aneel.
 
No mundo, apenas China, Alemanha, Japão, Dinamarca e EUA têm domínio da tecnologia de purificação do silício

A análise da agência reguladora é necessária porque o projeto de pesquisa faz parte do grupo de programas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) que a companhia é obrigada a desenvolver. Pelas regras da Aneel, as companhias do setor têm que destinar ao menos 0,4% da receita operacional líquida (ROL) para o setor de P&D.

Depois do desenvolvimento do projeto, a Eletrosul terá direito à patente da tecnologia de purificação do silício e fabricação dos painéis fotovoltaicos e poderá cedê-la a algum interessado em produzir painéis no país. "Nosso interesse é fomentar a tecnologia e não fabricar os painéis. Poderemos licenciar o projeto para quem tiver interesse", frisou Alves.

Atualmente, o Brasil produz o silício em grau metalúrgico e exporta o produto que é beneficiado no exterior. No mundo, apenas Alemanha, China, Japão, Dinamarca e Estados Unidos dominam a tecnologia de purificação do produto, necessária para o uso do silício na geração de energia solar.

Alves explicou que a Eletrosul foi a subsidiária da Eletrobras escolhida para desenvolver a tecnologia de geração de energia a partir da radiação solar. Atualmente a empresa desenvolve o projeto "Megawatt Solar", que pretende colocar em operação ainda este ano a maior usina de energia fotovoltaica do país, no telhado da sede da empresa e na cobertura dos estacionamentos da companhia em Florianópolis.

Quando atingir o pico de geração, o "Megawatt Solar" poderá produzir até 1.200 megawatts-hora por ano, o suficiente para o consumo de 570 residências. A empresa também opera um projeto piloto desde junho de 2009, que serve para consumo da sede catarinense da estatal.

A capacidade de geração da Eletrosul se limita hoje a um complexo eólico, Cerro Chato, em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, onde a estatal tem 90% de participação e a Wobben outros 10%. Cerro Chato tem capacidade instalada de 90 MW, mas hoje produz apenas 18 MW. Além disso, há outros empreendimentos em construção, como as usinas hidrelétricas de Passo São João, com 77 MW no Rio Grande do Sul; de São Domingos, com 48 MW de capacidade no Mato Grosso do Sul; e Mauá, no Paraná, com 61 MW de potência instalada, em parceria com a Copel.

No portfólio da companhia também está a participação na hidrelétrica de Jirau, que terá capacidade de gerar 3.450 MW em Rondônia. No projeto, a Eletrosul tem 20% do consórcio Energia Sustentável, que tem ainda a Suez, com 50%; a Chesf, com 20%; e a Camargo Corrêa, com 10%. A estatal também participa, com 24,5% do consórcio da hidrelétrica de Teles Pires, no Mato Grosso, que poderá gerar até 1.820 MW.

No total, a carteira de empreendimentos da companhia soma um potencial de produção de até 5,88 mil MW.
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