Energia

Eletrosul inicia operação do Complexo Eólico Cerro Chato

Treze anos depois de ter seu parque de geração totalmente privatizado, a Eletrosul, subsidiária da Eletrobras, entregou seus primeiros 10 megawatts (MW) de energia eólica produzidos por uma empresa do Sistema Eletrobras. Com capacidade total de geração de 90 MW, o complexo tem investimento de

Redação
06/06/2011 12:44
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Treze anos depois de ter seu parque de geração totalmente privatizado, a Eletrosul, subsidiária da Eletrobras, entregou seus primeiros 10 megawatts (MW) de energia eólica produzidos por uma empresa do Sistema Eletrobras. A Eletrosul encaminhou na última  sexta (3) ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a Declaração de Atendimento aos Procedimentos de Rede, oficializando a primeira etapa de operação do Complexo Eólico Cerro Chato, em Sant’Ana do Livramento, Rio Grande do Sul, na fronteira com o Uruguai. 
 

“O início da operação do Complexo Eólico Cerro Chato é um marco histórico importantíssimo para a Eletrosul, pois representa a retomada das atividades de geração, privatizadas no fim da década de 90, e o resgate da empresa, em sua competência plena, ao povo brasileiro”, comemorou o presidente da estatal, Eurides Mescolotto.
 

Nessa primeira etapa, entraram em funcionamento cinco de um total de 15 aerogeradores de um dos três parques que compõem o Complexo. Cada parque terá capacidade para gerar até 30 MW. A energia produzida por esse primeiro circuito já está abastecendo o Sistema Interligado Nacional (SIN). Paralelamente ao início da operação, a Eletrosul mantém as obras em ritmo acelerado para entregar todo o parque gerador, salvo imprevistos, até o final de setembro próximo.
 

O diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul, Ronaldo dos Santos Custódio, que foi um dos idealizadores do projeto de Cerro Chato, lembra que o prazo programado para entrada em operação comercial de todo complexo, autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), era julho de 2012. “A parceria com os fornecedores, a proatividade dos técnicos da Eletrosul e o aprimoramento dos processos de construção nos permitiram antecipar a entrega em 10 meses”, justificou.
 

A energia que será gerada pelo Complexo Eólico Cerro Chato – consórcio formado pela Eletrosul (90%) e Wobben (10%) - foi comercializada, em dezembro de 2009, no primeiro leilão exclusivo de energia eólica realizado pelo governo federal, e será disponibilizada ao SIN. Ou seja, reforçará o sistema elétrico brasileiro, especialmente na fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, diminuindo a dependência da energia complementar das usinas termelétricas em períodos de picos de demanda e de estiagem, quando a capacidade de geração das hidrelétricas fica comprometida.
 

A geração de 90 MW, que será a capacidade instalada total do complexo, é suficiente para atender o consumo de aproximadamente 500 mil pessoas – seis vezes a população de Sant’Ana do Livramento, onde as usinas estão sendo instaladas.
 

O Complexo Eólico Cerro Chato começou a ser construído em junho de 2010. Em abril deste ano, foi concluída a montagem do primeiro de um total de 45 aerogeradores modelo E-82 de 2000 kW de potência, fabricados pela Wobben/Enercon, que ocuparão uma área de 80 quilômetros quadrados na zona rural de Sant’Ana do Livramento. O investimento é de R$ 400 milhões.
 

O empreendimento compreende, ainda, uma subestação coletora, que concentrará a energia produzida pelas três usinas e fará a conversão da tensão de 34 quilovolts (kV) para 230 kV. A energia chega até a subestação coletora por uma rede de média tensão subterrânea de 69 quilômetros. Dessa unidade, a energia é transportada por uma linha de transmissão de 24,7 quilômetros de extensão, já concluída, para outra subestação, a Livramento 2, que pertence à Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE). De lá, a energia será distribuída para o SIN. A Subestação Livramento 2 foi ampliada para receber a energia gerada por Cerro Chato.
 

O engenheiro responsável pela obra, Franklim Fabrício Lago, informou que já foi concluída a concretagem de 31 bases de sustentação dos aerogeradores. Essa é uma das etapas da obra que requer mais atenção. “Não há margem para falhas, pois os trabalhos, uma vez iniciados, não podem ser interrompidos. Isto é, a base deve concretada de forma contínua até ficar pronta, mesmo que isso implique em estender os serviços madrugada adentro.” São usados, em cada base, mais de 500 metros cúbicos de concreto – volume suficiente para construir um prédio de 12 andares.
 

A previsão é de que o primeiro parque de usinas esteja em pleno funcionamento até a primeira semana de julho. O segundo conjunto de usinas deverá ser finalizado e entrar em operação, até o final de agosto, e o terceiro parque gerador, até o final de setembro.
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