Geração elétrica

Eletrosul estuda voltar ao segmento de geração

Valor Econômico
20/09/2004 03:00
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A Eletrosul está analisando pelo menos dois projetos de geração de energia. A estatal, transmissora controlada pela Eletrobrás e que atua no Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, planeja voltar ao segmento de geração em 2005. O presidente da Eletrosul, Milton Mendes, diz que estão sendo analisados projetos principalmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Desde 1998, com a cisão e venda da área de geração para o grupo belga Tractebel, a Eletrosul só atuava como transmissora. No início deste ano, as empresas do grupo Eletrobrás saíram do PND (Programa Nacional de Desestatização), possibilitando que elas voltassem a investir. Além disso, a Eletrosul foi liberada para retornar ao segmento de geração.
Especula-se que a Eletrosul participe da construção da hidrelétrica Monjolinho, localizada no Rio Grande do Sul. O projeto, que exigirá cerca de R$ 160 milhões, pertence à Engevix, e terá capacidade para gerar 67 MW. Mendes não detalha os planos, mas destaca que há intenção de participar de projetos para construção de usinas de diferentes portes, desde as grandes até as pequenas, chamadas de PCHs.
De acordo com Mendes, a geração desperta interesse principalmente depois de aprovado o novo modelo do setor elétrico. Segundo ele, o modelo está dando segurança aos investidores privados, que seriam os principais parceiros da estatal no segmento. "O novo modelo dá garantia de retorno do investimento para o investidor, estabelecendo um prazo. Isso aumenta o interesse", diz Mendes. A geração também é vista como lucrativa em um momento que o país apresenta crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). "É um investimento 100% garantido porque o país vai precisar de mais energia para continuar a crescer", diz o executivo.
A Eletrosul, com cerca de R$ 500 milhões em caixa para investimentos, deverá atuar na geração apenas via parcerias. Em projetos com sócios, a empresa está legalmente privada de ter participação superior a 49%. Mendes afirma que por ser estatal, a Eletrosul tem o compromisso de construir novas hidrelétricas e não atuar em projetos que já estejam prontos. Ele destaca que embora haja dinheiro em caixa para novos investimentos, dificilmente um projeto de usinas sairia neste ano, uma vez que a empresa conseguiu a aprovação para atuar no setor em março, quando já estava pronto o orçamento.
A empresa vai contratar consultorias do setor de energia para auxiliar na avaliação dos melhores projetos de geração.

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