Jornal do Commercio
A Eletrobrás, holding estatal do setor elétrico, encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido consolidado de R$ 841,525 milhões, crescimento de 260,9% na comparação com igual período de 2007, quando a empresa apurou R$ 233,161 milhões. O resultado foi conseqüência do aumento da contribuição de suas controladas de R$ 393,6 milhões para R$ 617,5 milhões, entre os três primeiros meses de 2007 e deste ano.
Outro fator atribuído pela companhia ao crescimento do lucro líquido neste primeiro trimestre foi a menor perda em operações financeiras decorrentes da desvalorização cambial.
A Eletrobrás tem recebíveis na ordem de R$ 14,159 bilhões (US$ 8,095 bilhões) indexados à moeda americana, que produziram perda de R$ 755,8 milhões no primeiro trimestre de 2007. Em igual período deste ano, essas perdas foram reduzidas para R$ 159,6 milhões.
A Eletrobrás controla as empresas Furnas Centrais Elétricas, Chesf, Eletrosul, Eletronorte e Eletronuclear. A estatal tem ainda 50% da Itaipu Binacional.
A receita bruta consolidada da holding somou R$ 6,931 bilhões de janeiro a março deste ano, crescimento de 26,6% na comparação aos R$ 5,476 bilhões dos três primeiros meses do ano passado. O resultado operacional foi o que registrou maior alta, atingindo R$ 1,645 bilhão no primeiro trimestre, superior em 405% aos R$ 406,83 milhões de igual período do ano anterior.
No balanço divulgado ontem (15), após o fechamento do mercado, a empresa destacou que as operações de comercialização de energia elétrica da usina hidrelétrica de Itaipu foram superavitárias em R$ 234,1 milhões no primeiro trimestre de 2008.
Já as operações de comercialização de energia elétrica no âmbito do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) geraram resultado líquido positivo de R$ 30,3 milhões no primeiro trimestre.
Segundo a companhia, o resultado da equivalência patrimonial deste trimestre foi influenciado positivamente pelo ajuste a valor presente decorrente de obrigações para desmobilização de ativos, que impôs uma diminuição de R$ 260,6 milhões na provisão correspondente, motivada pela aplicação de dispositivos da nova lei das sociedades por ações em decorrência da instrução normativa da CVM nº 469.
A Eletrobrás informou que busca alternativas de novos negócios nos segmentos de geração e transmissão de energia elétrica, de forma a incrementar sua participação no setor, aumentando a capacidade de geração de recursos, com foco na ampliação de sua rentabilidade e maior remuneração de seus acionistas. Recentemente, a estatal foi autorizada a disputar novos empreendimentos na posição de controladora e também a operar no mercado internacional.
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