Investimento

Eletrobrás estuda construir hidrelétricas na Guiana

Jornal do Commercio
15/09/2009 07:00
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O Brasil poderá desenvolver com a Guiana Inglesa o mesmo sistema de construção de hidrelétricas que vem estudando no Peru e na Argentina, informou o diretor financeiro da Eletrobrás, Astrogildo Quental, comentando informação dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira.


Em cerimônia em Roraima, Lula disse que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, estarão na Guiana em outubro para conversar sobre o assunto com o presidente daquele país, Bharrat Jagdeo.


"O presidente Jagdeo tem um interesse prioritário na construção de uma hidrelétrica de 800 megawatts, e o ministro Edison Lobão, mais o presidente do BNDES e outros membros do governo estarão no início de outubro viajando a Georgetown para conversar com o presidente", disse Lula.


Segundo Quental, o projeto com a Guiana ainda é embrionário, mas será feito se demonstrar viabilidade econômica. A ideia seria a mesma dos outros países fronteiriços, ou seja, o excedente produzido seria adquirido pelo Brasil, como já ocorre no Paraguai.



RECEITA NO EXTERIOR. "O projeto sendo viável pode ser interessante para os dois lados (Brasil e Guiana)", disse o executivo por telefone de Paris, onde promove um roadshow da Eletrobrás com investidores.


Ele lembrou que no Peru e na Argentina a construção de hidrelétricas pela Eletrobrás já está sendo alvo de estudos de viabilidade, e que existem projetos também para a África no segmento de geração hidrelétrica.


"Queremos em 10 anos que 10% da nossa receita venha do exterior", explicou Quental. A Eletrobrás conseguiu este ano autorização do Congresso nacional para atuar no exterior. O diretor esteve nesta segunda-feira na Noruega para divulgar o desempenho da Eletrobrás, que para crescer no mercado internacional precisará de mais recursos para investimentos.


Em julho, a empresa captou US$ 1 bilhão com a emissão de bônus de 10 anos no exterior, com demanda cinco vezes maior do que o ofertado. "Boa parte dos nossos investidores externos está na Noruega, porque o país tem muitos fundos conservadores", informou Quental.


De acordo com o executivo, dos detentores de ações preferenciais da Eletrobrás fora do país, 14% estão na Noruega. Depois de Paris, Quental e outros executivos da companhia irão a Londres, onde encerram o roadshow na sexta-feira.
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