Licitação

Eleição pode jogar licitação de portos para 2015

Atraso do programa de concessão de infraestrutura.

Valor Online
30/07/2014 13:00
Visualizações: 584 (0) (0) (0) (0)

 

Vai ganhando força na iniciativa privada a expectativa, outrora mais rarefeita, de que os editais da primeira rodada de licitações do pacote portuário federal não sairão neste ano, como prometido pelo governo. O senso comum entre os que se debruçam sobre as novas oportunidades de arrendamentos nos portos de Santos (SP) e nos do Pará é que a proximidade das eleições travou o processo.
O problema não é o fato de as minutas dos editais do primeiro bloco ainda estarem em análise no Tribunal de Contas da União (TCU). Para consultores e empresários, mesmo se o Tribunal aprovar os editais, o Planalto dificilmente correrá o risco político de lançá-los às vésperas da disputa pela Presidência da República. Paira no governo o temor de que as prováveis impugnações das licitações contaminem a candidatura à reeleição de Dilma Rousseff (PT), que lograria a responsabilidade pelo atraso de mais um programa federal de concessão de infraestrutura.
Empresas que atuam nos portos e estão descontentes com as novas regras do programa de arrendamentos, ou que questionam aspectos técnicos dos estudos, prometem recorrer à Justiça assim que os editais forem lançados. No porto de Santos, o movimento deverá ocorrer principalmente nos leilões do cais do Saboó, área que de tão disputada recebeu a alcunha de "Faixa de Gaza".
O primeiro bloco de arrendamentos portuários reúne 29 potenciais novos terminais, sendo 9 em Santos; 4 em Vila do Conde; 4 em Santarém; e 12 em Belém, Miramar e Outeiro (PA).
A expansão da modernização dos portos públicos brasileiros teve como força motriz a Lei dos Portos nº 12.815, promulgada em junho de 2013. A expectativa do governo era que os arrendamentos do primeiro bloco saíssem ainda no ano passado. O cronograma falhou. Ainda em dezembro de 2013, o TCU apresentou 19 contestações aos estudos que a Secretaria de Portos (SEP) autorizou a Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP) a fazer sem prévia licitação. A pasta respondeu a 15 das 19 indagações no fim de janeiro e recorreu das demais. Em junho, o TCU aceitou as explicações do governo e, no início de julho, avaliou os recursos. Até segunda-feira, o órgão não tinha pautado o processo para ser votado na sessão de hoje.
A mudança feita às pressas no marco regulatório portuário em 2013, depois de 20 anos de lei considerada moderna, mas que carecia de regulamentação, causou incerteza jurídica. Segundo recentemente publicou o Valor, a consultoria Inter B estima queda de 35,7% nos investimentos em portos no ano passado, para R$ 4,5 bilhões.
Ampliar o número de terminais e aumentar a escala dos existentes é passo fundamental para cumprir o preceito maior da nova Lei dos Portos, qual seja o aumento da movimentação de cargas com redução de custos para o comércio exterior. Espera-se que o governo publique os editais tão logo o TCU os aprove, dissociando esse processo do calendário eleitoral.

Vai ganhando força na iniciativa privada a expectativa, outrora mais rarefeita, de que os editais da primeira rodada de licitações do pacote portuário federal não sairão neste ano, como prometido pelo governo. O senso comum entre os que se debruçam sobre as novas oportunidades de arrendamentos nos portos de Santos (SP) e nos do Pará é que a proximidade das eleições travou o processo.

O problema não é o fato de as minutas dos editais do primeiro bloco ainda estarem em análise no Tribunal de Contas da União (TCU). Para consultores e empresários, mesmo se o Tribunal aprovar os editais, o Planalto dificilmente correrá o risco político de lançá-los às vésperas da disputa pela Presidência da República.

Paira no governo o temor de que as prováveis impugnações das licitações contaminem a candidatura à reeleição de Dilma Rousseff (PT), que lograria a responsabilidade pelo atraso de mais um programa federal de concessão de infraestrutura.

Empresas que atuam nos portos e estão descontentes com as novas regras do programa de arrendamentos, ou que questionam aspectos técnicos dos estudos, prometem recorrer à Justiça assim que os editais forem lançados. No porto de Santos, o movimento deverá ocorrer principalmente nos leilões do cais do Saboó, área que de tão disputada recebeu a alcunha de "Faixa de Gaza".

O primeiro bloco de arrendamentos portuários reúne 29 potenciais novos terminais, sendo 9 em Santos; 4 em Vila do Conde; 4 em Santarém; e 12 em Belém, Miramar e Outeiro (PA).

A expansão da modernização dos portos públicos brasileiros teve como força motriz a Lei dos Portos nº 12.815, promulgada em junho de 2013. A expectativa do governo era que os arrendamentos do primeiro bloco saíssem ainda no ano passado. O cronograma falhou. Ainda em dezembro de 2013, o TCU apresentou 19 contestações aos estudos que a Secretaria de Portos (SEP) autorizou a Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP) a fazer sem prévia licitação.

A pasta respondeu a 15 das 19 indagações no fim de janeiro e recorreu das demais. Em junho, o TCU aceitou as explicações do governo e, no início de julho, avaliou os recursos. Até segunda-feira, o órgão não tinha pautado o processo para ser votado na sessão de hoje.

A mudança feita às pressas no marco regulatório portuário em 2013, depois de 20 anos de lei considerada moderna, mas que carecia de regulamentação, causou incerteza jurídica. Segundo recentemente publicou o Valor, a consultoria Inter B estima queda de 35,7% nos investimentos em portos no ano passado, para R$ 4,5 bilhões.

Ampliar o número de terminais e aumentar a escala dos existentes é passo fundamental para cumprir o preceito maior da nova Lei dos Portos, qual seja o aumento da movimentação de cargas com redução de custos para o comércio exterior. Espera-se que o governo publique os editais tão logo o TCU os aprove, dissociando esse processo do calendário eleitoral.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Bioenergia
Acordos com a China mostram força do modelo brasileiro d...
13/05/25
Evento
Sebrae promove rodada de negócios na feira NT2E
13/05/25
Petrobras
Campos de Búzios e Atapu receberam quase o total dos US$...
13/05/25
Espírito Santo
ES Gás injeta biometano na rede e inaugura fase de desca...
13/05/25
Petrobras
Conselho de Administração da Petrobras aprova pagamento ...
13/05/25
OTC HOUSTON 2025
Petronect colabora com o fortalecimento da cadeia de sup...
12/05/25
Resultado
Vibra adota relatório integrado e fecha 2024 com lucro r...
12/05/25
Sustentabilidade
OceanPact estreia no Índice de Sustentabilidade Empresar...
12/05/25
Evento
Fenasucro & Agrocana abre credenciamento de visitantes p...
12/05/25
Evento
Fenasucro & Agrocana abre credenciamento de visitantes p...
12/05/25
Oferta Permanente
Seminário apresentará informações sobre regras e áreas e...
12/05/25
Negócio
Por R$ 425 milhões, Raizen Energia vende a Usina de Leme...
12/05/25
Etanol
Anidro e hidratado sobem, aponta Cepea/Esalq
12/05/25
Onshore
Petrobras retoma perfuração de poços na Bahia
10/05/25
OTC HOUSTON 2025
Infotec Brasil consolida posicionamento estratégico na O...
09/05/25
Pré-Sal
Petrobras faz uma grande descoberta de petróleo no pré-s...
09/05/25
Gás Natural
Petrobras e Portobello firmam parceria inédita para forn...
09/05/25
OTC HOUSTON 2025
Oil States é destaque na OTC Houston 2025 com inovação p...
09/05/25
Recursos Humanos
Divulgados resultados preliminares do PRH-ANP 2025
09/05/25
Startups
Prorrogado até 12/5 o prazo para recursos no NAVE ANP
09/05/25
OTC HOUSTON 2025
Na OTC Houston 2025, Firjan participa da assinatura de M...
08/05/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22