O EEP (Estaleiro Enseada do Paraguaçu), formado pelas empresas Odebrecht, OAS, UTC e KHI (Kawasaki Heavy Industries Ltd.), acaba de firmar contrato com a Almaco para a produção dos módulos de acomodação dos seis navios-sonda que o EEP está construindo para a Sete Brasil como parte do projeto Sondas. A empresa especializada fará a construção das estruturas e as instalações em embarcações que serão usadas durante a perfuração das camadas do pré-sal.
O contrato com a Almaco prevê a construção de módulos com 94 cabines, que seguirão as normas brasileiras de acomodação, além de espaços de convivência, tais como refeitórios, academias, corredores, lounges e academias. A fabricação das cabines dos primeiros navios-sonda será iniciada ainda este ano no Estaleiro Enseada do Paraguaçu, em Maragojipe, na Bahia.
“A Almaco trabalhou em conjunto com o EEP desde o início para atender todas as nossas demandas. A parceria desde a fase de engenharia é um diferencial dessa contratação”, afirma Francisco Dezen, diretor do projeto Sondas no EEP.
O projeto Sondas envolve a construção, para a Sete Brasil, de seis navios-sonda que têm como objetivo explorar o petróleo na camada do pré-sal, em lâminas d’água de 3 mil metros. Entre os seis navios-sonda, quatro serão construídos em parceria com a Odebrecht Oil&Gas (Ondina, Pituba, Boipeba e Interlagos), que serão entregues até 2018. Em conjunto com a Etesco/OAS, o EEP entregará as sondas Itapema e Comandatuba até 2020. O contrato tem valor global de US$ 4,8 bilhões.
O projeto dos navios-sonda do EEP foi desenhado pela empresa romena Gusto que, em tempo real, desenha o projeto em sinergia com os profissionais do EEP no Brasil e no Japão. As unidades serão construídas com tecnologia desenvolvida e multiplicada por meio do processo de transferência tecnológica da parceira tecnológica e sócia do EEP Kawasaki Heavy Industries.
Paralelamente à construção das sondas, o EEP investe R$ 2,6 bilhões na construção do estaleiro em Maragojipe (BA), cujas obras começaram em 2012. Em plena atividade, o empreendimento poderá processar até 36 mil toneladas de aço por ano trabalhando em regime de turno único, o que permitirá uma ampla margem de produção, construindo navios de altíssima especialização, que poderão ser fabricados simultaneamente.