Benício Biz
Lembrei a frase dita por Daniel Guimarães, da Brasilamarras, nosso perfil profissional da edição 111 da TN – Do it right at the first time – para reiterar algo que sempre repito para quem trabalha comigo: só erra quem faz. Depois de errar, é preciso fazer certo de primeira!
É o que esperamos de todos os protagonistas da indústria de óleo e gás, depois do temporal que fez o setor ‘perder de vista’ o horizonte. É necessário usar a bússola da reinvenção e buscar o Norte para recriar o caminho do crescimento. Não nos faltam pilares íntegros e edificações sólidas no setor.
Conquistar o que ninguém pode negar ou retirar dessa indústria. Avançamos e conquistamos a liderança tecnológica na exploração de hidrocarbonetos em águas profundas respaldados na ousadia, no conhecimento técnico, na perseverança e na parceria com diversos atores, da Petrobras à cadeia de fornecedores, das instituições financeiras que apoiaram projetos às universidades e centros de pesquisa em todo o país.
Temos reservas provadas e prováveis e um enorme potencial de reservas possíveis em novos cenários, como o pré-sal, a margem equatorial brasileira e, em terra, bacias promissoras como a de Parnaíba, que vem se desenvolvendo ‘a todo gás’. Reservas que posicionam o Brasil como uma das principais fronteiras de E&P de hidrocarbonetos, convivendo de forma equilibrada com outras fontes renováveis que nos proporcionam uma matriz energética diversificada.
Temos uma indústria sólida, com competências inegáveis e capacitação para seguir inovando, em toda a cadeia produtiva, incluindo o setor naval e offshore. É claro que há gaps, os quais devem ser vistos como oportunidades para estabelecermos estratégias, parcerias e relações mais produtivas entre empresas nacionais e estrangeiras, para a geração de soluções que deem suporte aos desafios da indústria de óleo e gás.
O fato é que a exploração de petróleo e gás natural é uma atividade que demanda o envolvimento de uma cadeia global de atores – de operadores a fornecedores de bens e serviços. Daí a necessidade de termos políticas que incentivem e deem suporte à indústria local sem restringir a participação daqueles que podem nos ajudar a suprimir os gaps. E também devemos ter mecanismos que impeçam a concorrência desleal ou predatória e que favoreçam grupos ou interesses individuais.
Mas, acima de tudo, devemos rever nossas posições e incorporar uma mentalidade empresarial que saiba aprender com os erros e entenda que o melhor é fazer bem e certo de primeira!
Sobre o autor: Benício Biz é publisher e diretor executivo da Revista TN Petróleo
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