Agência Brasil
O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, afirmou que a situação política na Bolívia não é "nada alarmante" e não ameaça a atuação da empresa no país vizinho. "Não passa pelos nossos planos sair da Bolívia, vamos aguardar os acontecimentos", explicou Dutra. Recentemente, a Bolívia aprovou lei que aumenta os tributos pagos por empresas na exploração de gás natural no país. Atualmente, a Petrobras tem, investidos ali, US$ 1 bilhão, segundo o
presidente da empresa.
Dutra explicou que a nova tributação - que aumentou para cerca de 50% os impostos para as empresas estrangeiras que investem no setor de petróleo e gás na Bolívia - não chega a comprometer a viabilidade econômica dos projetos que a Petrobras já mantém no país, uma vez que esses investimentos já se pagaram ao longo dos anos. O problema, segundo ele, são novos
projetos, como o de um pólo gasquímico na fronteira dos dois países. "Esse projeto vai precisar ser reanalisado".
O presidente da Petrobras também disse que o recente atentado a bomba numa unidade da empresa na Bolívia foi um "caso isolado" e que a preocupação maior é com a "segurança dos empregados". "Digamos que o pessoal está mais cuidadoso". Dutra lembrou que vários pontos da nova lei boliviana ainda não foram regulamentados, o que é mais um motivo para a empresa aguardar. Segundo a lei, os contratos anteriores devem ser alterados em 180 dias, acrescentou Dutra.
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