Redação TN Petróleo, Agência Petrobras
Na Offshore Technology Conference 2021 dessa terça-feira (17/08), a Petrobras apresentou os resultados da digitalização e da aplicação de novas tecnologias para o desenvolvimento do pré-sal.
O diretor de Desenvolvimento da Produção da companhia, João Henrique Rittershaussen (foto), participou da Conferência e destacou as inovações implementadas para reduzir risco exploratório, tempo de início da produção, viabilizar a produção de novas áreas e reduzir as emissões de carbono.
João Henrique mencionou a Sísmica 4D, que tem contribuído para a redução de 30% no tempo dedicado à modelagem geológica. O diretor comentou também a criação de “digital twins”, gêmeos digitais dos sistemas de produção, que possibilitam o aumento da produtividade, da eficiência operacional e da otimização dos processos de manutenção.
“O nosso objetivo é aumentar a geração de valor dos projetos, reduzindo o prazo de construção dos FPSOs, aumentando a eficiência de construção e interligação de poços. E com isso sermos mais competitivos, atraindo os melhores parceiros”, disse Rittershaussen.
O foco da Petrobras na dupla resiliência nos futuros projetos do pré-sal também foi abordado na OTC. No aspecto descarbonização, a Petrobras já está entre as companhias de energia com menos emissões proporcionais de gases do efeito estufa do mundo. As emissões para cada barril produzido pela Petrobras caíram praticamente à metade nos últimos 11 anos. A companhia pretende reduzir ainda mais as emissões e, para isso, está investindo em soluções para captura e armazenamento de carbono, além de tecnologias para diminuição das queimas nos flares.
De acordo com o diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Petrobras, Roberto Ardenghy, atualmente, há um aparente gap entre as propostas de descarbonização e a disponibilidade de recursos tecnológicos. “Para atingirmos esse objetivo de forma eficaz necessitamos de novas tecnologias que atendam essa demanda mundial. Por isso, a Petrobras está investindo US$ 1 bi em compromissos ambientais entre 2021 e 2025”, ressaltou Ardenghy, na segunda sessão desta terça-feira, dedicada aos temas de inovação e digitalização no setor de energia.
Pelo lado econômico, a Petrobras continuamente investe também em projetos tecnológicos para reduzir o breakeven de seus projetos. São soluções para acelerar a implantação dos mesmos, reduzir o custo de extração (lifting cost) e aumentar o fator de recuperação dos reservatórios. Por meio de novas tecnologias, já foi possível reduzir em 7% ao ano os custos na construção e conexão de poços injetores e produtores de petróleo.
Na mesma sessão, o diretor de Transformação Digital e Inovação da Petrobras, Nicolás Simone, ressaltou que a companhia vem passando por um profundo processo de transformação digital, focado no “Be Digital”, por meio da adoção de metodologia ágil (com a formação de mais de 250 equipes ágeis), desenvolvimento do mindset digital e mudança cultural. O diretor destacou, ainda, a importância do desenvolvimento de um ecossistema de inovação na Petrobras, liderado pelo maior Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Hemisfério Sul – o Cenpes. Nicolás Simone esclareceu que com o uso intensivo de inteligência artificial, da computação de alta performance, analitycs (mais de 60 anos de dados geológicos), internet das coisas (de 5 a 40 mil sensores por plataforma ou refinaria), muita tecnologia e inovação, gera-se mais valor para a Petrobras, segurança em suas operações, agilidade, sustentabilidade e competitividade para os negócios.
“A Petrobras, como uma companhia de tecnologia, segue inovando para superar os desafios e conquistar novos caminhos para o negócio, com foco na geração de valor e em seus compromissos com a sustentabilidade. Tecnologias desenvolvidas pela companhia como a reinjeção de CO2 e o Hisep demonstram a potência da companhia em estar sempre um passo a frente, garantindo eficiência, conformidade ambiental e segurança nas operações.”, destacou Nicolás.
A Petrobras aposta na tecnologia e na inovação como alavanca para os seus negócios. Somente até 2025, a companhia investirá US$ 1,5 bilhão em soluções tecnológicas, reafirmando o protagonismo que tem no segmento no Brasil. As soluções desenvolvidas pela Petrobras poderão beneficiar não só a empresa, mas a indústria de gás e energia como um todo, gerando demanda para o mercado fornecedor e retorno para a sociedade.
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