Em participação no evento Brazil Oil, Gas & Energy 2022, companhia citou a expectativa de redução de 4% da intensidade de carbono na produção de petróleo com adoção de equipamento inovador
Redação TN Petróleo, Agência PetrobrasO diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras, Rafael Chaves (foto), participou ontem (26/5) do painel de abertura do evento Brazil Oil, Gas & Energy 2022, no Rio de Janeiro, quando ressaltou a importância do investimento da companhia em pesquisa e tecnologia para apresentar soluções de baixo carbono.
Entre os destaques, Rafael citou a previsão de redução de 4% na intensidade de carbono graças à adoção do Hisep, uma tecnologia patenteada pela Petrobras para separação de óleo e gás no fundo do oceano e reinjeção de CO2. A estimativa é que o equipamento seja instalado em 2025 na área de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos.
A busca por novas tecnologias de baixo carbono é uma das cinco frentes da Petrobras citadas por Rafael Chaves para contribuir com a transição energética. A companhia também conta com a produção de petróleo de baixo carbono, especialmente no pré-sal, que pode ser um aliado no financiamento da transição energética. Citou ainda a importância do gás como viabilizador da matriz elétrica com elevada participação de fontes renováveis; investimento em novos produtos de baixa emissão como BioQAV; e apoio a projetos socioambientais voltados para conservação e recuperação de florestas.
O executivo ressaltou o conjunto de características que posicionam o Brasil de forma diferenciada no cenário global da economia de baixo carbono. “A transição energética é um desafio para o mundo e uma oportunidade para o Brasil”, comentou.
O petróleo de baixo carbono do pré-sal é muito valorizado porque emite menos gases de efeito estufa por barril produzido que a média mundial. São 17kg de CO2 por barril produzido no mundo, ante 10 kg no pré-sal. "Trocar um barril do pré-sal pelo barril médio eleva as emissões em 70%, na margem", comentou o diretor.
Dentre os investimentos em P&D, o diretor da Petrobras mencionou ainda o uso de energia solar na unidade fotovoltaica de Alto do Rodrigues (UFVA) no Rio Grande do Norte, além de projetos de pesquisa para plantas eólicas.
Rafael Chaves também apresentou os resultados das iniciativas de conservação de florestas por meio de projetos socioambientais, que em 2021 alcançaram 25 milhões de hectares de áreas protegidas, equivalente a 3% do território brasileiro. Nos próximos anos, serão investidos mais R$ 50 milhões em editais públicos de seleção de projetos de reflorestamento, no âmbito da iniciativa Floresta Viva, realizada em parceria com o BNDES.
Em outro painel no evento, o gerente executivo de Estratégia da Petrobras, Eduardo Bordieri, confirmou que o compromisso com a redução da intensidade de carbono, assim como a resiliência econômica, é um dos pilares no gerenciamento do portfólio da companhia. “Em nosso processo de tomada de decisão, a redução de emissões passou a ter um foco ainda maior. Cada projeto é escrutinado para que se tenha a menor intensidade possível de carbono”.
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