A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) limitará a segunda fase da dragagem de aprofundamento do Porto de Santos ao trecho de entrada do canal de navegação. A decisão foi tomada após consulta aos arrendatários de terminais marítimos, segundo o diretor de Infraestrutura e Execução de Obras da Docas, Paulino Vicente.
O projeto original da segunda fase da dragagem previa 17 metros de profundidade na calha d'água entre a Barra de Santos e o Entreposto de Pesca, enquanto no canal interno, a fundura seria de 16 metros. O plano, agora, mudou: a intenção é aprofundar o trecho de entrada (da Barra até o Entreposto de Pesca) a 17 metros, porém mantendo o canal interno com 15 metros de profundidade.
A mudança, segundo Paulino Vicente, ocorreu depois que as empresas arrendatárias de terminais marítimos foram consultadas. A maioria informou que não necessita de mais que 15 metros de profundidade para operar.
De acordo com o engenheiro, existe uma necessidade técnica de ampliar a profundidade do canal entre a Barra e o Entreposto. Os motivos são as constantes ressacas, que provocam assoreamento do trecho, e uma exposição maior dos navios às ondas nesta região, o que demanda profundidade maior para evitar contato do casco do navio com o fundo do mar. Este segundo fator é o chamado “efeito squash”, segundo ele. “Se não fizermos isso (aprofundar a 17 metros no trecho de entrada), a Capitania poderá limitar a profundidade dentro do canal, por entender que não há segurança fora dele".