Redação TN Petróleo/Assessoria IBP
O Brasil reúne vantagens competitivas que colocam o país como polo de atração de investimentos e oportunidades para o aporte de capital internacional. Essa visão foi compartilhada por Luís Henrique Guimarães, CEO da Cosan, durante almoço-palestra realizado, nesta terça-feira (27), na Rio Oil & Gas 2022.
Para Guimarães, as cinco vantagens competitivas do Brasil – grande produção de alimentos, oferta de petróleo e gás, protagonismo em energias renováveis, mineração de alta qualidade e um potencial para emissão de créditos de carbono – formam o cenário perfeito para acelerar o desenvolvimento do país. “Passamos por um período de instabilidade mundial onde se debate o custo de energia alto e a importância da segurança energética. As empresas terão de olhar quais países e locais terão de investir”, frisou Guimarães.
Segundo o executivo, o Brasil tem atrativos como menor custo de energia em comparação com outros países, o que é uma variável importante para as indústrias. “Quando analisamos o cenário, acho que o Brasil é uma ótima oportunidade para investimentos. Sou extremamente otimista. Nos próximos 10 anos, temos uma grande oportunidade para desenvolver o país e acredito ainda no empreendedorismo como uma ferramenta para o crescimento”, ressalta.
Guimarães destacou que, ao longo dos últimos anos, o país conseguiu desenvolver uma malha ferroviária mais eficiente, impactando positivamente os custos logísticos e a menor emissão de carbono. “Hoje, conseguimos transportar cargas de Rondonópolis a Santos em 70 horas, com segurança”.
O executivo da Cosan ressaltou também o mercado de carbono como um diferencial competitivo. “O offset de carbono em várias formas será uma moeda, uma mercadoria de muito valor. O Brasil pode produzir mais crédito de carbono do que muitos países juntos”. Guimarães aposta ainda no desenvolvimento de biocombustíveis avançados, como o etanol de segunda geração e os combustíveis de aviação mais sustentáveis (SAFs). “Nesse momento, a Raízen constrói três plantas de etanol de segunda geração. E vamos construir mais 20 nos próximos anos”, concluiu o CEO.
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