Jirau

Disputa pode atrasar construção da usina, diz presidente de consórcio

Se o impasse em torno das mudanças no projeto de construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO), propostas pelo consórcio vencedor, for parar na Justiça, a obra poderá atrasar até dez anos. A previsão é do presidente do Consórcio Energia Sustentável do Brasil, que venceu

Agência Brasil
23/07/2008 10:07
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Se o impasse em torno das mudanças no projeto de construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO), propostas pelo consórcio vencedor, for parar na Justiça, a obra poderá atrasar até dez anos. A previsão é do presidente do Consórcio Energia Sustentável do Brasil, que venceu o leilão, Victor Paranhos.

 

“Vai virar uma competição de advogados, e o Brasil vai ficar sem 3,3 mil megawatts de energia”, afirma. Paranhos diz também que a briga entre os dois consórcios que disputaram o leilão pode comprometer parcerias futuras entre as empresas Suez e Odebrecht, que encabeçam os dois grupos, inclusive para concorrer na licitação para a construção da Usina de Belo Monte, no Pará, na qual a Suez tem interesse.

 

“Se alguém te ameaça em um dia e no dia seguinte quer fazer parceria, isso não pode acontecer”, disse. Paranhos garante que se reuniu pelo menos três vezes com a diretoria do Consórcio Jirau Energia, formado pelas empresas Furnas, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Cemig, que perdeu o leilão, tentando resolver o impasse.

 

Depois de ter sido anunciado como vencedor da disputa pela construção da usina, o consórcio Energia Sustentável do Brasil, formado pelas empresas Suez Energy, Camargo Corrêa, Eletrosul e Chesf, anunciou que pretende fazer mudanças no projeto previsto no edital, entre elas a realocação da barragem em 9,2 quilômetros abaixo do ponto original.

 

Segundo o consórcio, essa alteração vai possibilitar que sejam feitas menos escavações, diminuindo os impactos ambientais e os custos, além de antecipar o cronograma da obra e permitir uma economia de R$ 1 bilhão no projeto, que tem custo estimado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) de R$ 8,7 bilhões.

 

Paranhos diz que o novo projeto é melhor do ponto de vista ambiental, social e de engenharia. Segundo ele, o projeto previsto no edital é “muito ruim”. “Não tem empresa no mundo que faça aquele projeto, nem a Odebrecht faria”, diz.

 

As mudanças no projeto ainda deverão ser aprovadas pela Aneel e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

 

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje (22) que está conversando com representantes dos dois consórcios para buscar um entendimento e assegurou que não haverá atrasos na obra por causa da disputa. “Não posso admitir que o interesse nacional seja prejudicado por conta de uma disputa entre duas empresas”, disse.

 

O diretor do Jirau Energia, Irineu Meirelles disse apenas que o consórcio “irá se manifestar no momento que julgar oportuno e em foro próprio”.

 

Nesta terça-feira (22), a Aneel negou o recurso apresentado pelo Consórcio Jirau Energia, perdedor do leilão, que pedia o cancelamento da habilitação concedida ao grupo vencedor, o Consórcio Energia Sustentável do Brasil (Cesb). O recurso questionava apenas questões técnicas, como a falta de documentos exigidos pelo leilão.

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