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Discussão sobre conteúdo local na indústria do petróleo precisa ter cautela, adverte diretor da Suretank

Redação/Assessoria
17/02/2017 10:25
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Desde que o Brasil começou a discussão em torno de manter, ou reduzir o índice de 65% de participação de produtos brasileiros em projetos da indústria do petróleo, um fato tem se tornado claro: existem argumentos políticos e ideológicos em torno do assunto.

De um lado estão os fabricantes nacionais que querem manter o índice de participação, do outro estão entidades ligadas ao setor de petróleo e, inclusive o próprio governo, que optam por tirar essa obrigatoriedade nos novos projetos. “Nos parece que se trata mais de uma questão ideológica e política do que propriamente uma discussão técnica”, comenta Marco Pfeifer, CEO da Suretank para a América Latina, empresa líder mundial na fabricação de tanques Offshore que importa e fabrica localmente toda a gama de equipamentos para logística de exploração e produção de óleo e gás.

Segundo Pfeifer, é importante que a decisão esteja alinhada ao interesse nacional, no entanto é preciso estudar caso a caso, uma vez que devido a acordos globais, as empresas que estão ganhando os leilões de exploração de petróleo no Campo de Libra do Pré-Sal podem ter um equipamento muito mais barato em operação.

“O ponto central da discussão deveria estar em torno do valor total que está sendo revertido para o País em divisas e investimentos (CAPEX), da tecnologia empregada no projeto A, B ou C, da eficiência produtiva e operacional (OPEX), do respeito ao meio ambiente e possíveis impactos, entre outras questões. Percebe-se mais paixão do que propriamente discussão técnica”, insiste o diretor.

História da Suretank no País

Motivada pela própria política de conteúdo local bem como na perspectiva de crescimento da produção de Oil & Gas no Brasil, a Suretank já opera no Brasil desde 2011 através de um fabricante licenciado. Em 2014 investiu mais de 10 milhões de euros em uma unidade própria na cidade de Caxias do Sul (RS) destinada a atender a América Latina. Apesar de ter a liderança de mais de 65% de fatia de mercado no segmento de Tanques para Químicos Offshore preferiu entrar no mercado com a fabricação do “lower end” de sua linha: contendores, caixas e cestas certificados pela circular da IMO860 onde é a maior detentora de “Type Approvals” (ensaios de tipo – projetos aprovados e certificados). A unidade da Suretank no RS abriga vendas, projeto, engenharia, fabricação e marketing.

Recentemente, a empresa fechou parceria com a Pinamak, a mais antiga empresa de logística offshore da Bacia de Campos. Em uma área de mais de 30 mil m² situada em Macaé (RJ), a Pinamak possui mais de 40 anos de mercado e, agora, poderá otimizar suas operações com os equipamentos mais seguros do mundo, certificados pela DNV 2.7-1.

De origem irlandesa, a Suretank é líder do setor no projeto e fornecimento de contentores de transporte marítimos e líder de mercado em soluções de tanques e armazenagem de carga offshore. Emprega cerca de 770 pessoas e tem faturamento de mais de US$ 100 milhões.

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