Valores pagos pela estatal entre contribuições de contingência e compra de Macaé Merchant, SFE Eletrobolt e Termoceará representam o dobro do custo para construção de três usinas novas.
Com a assinatura do memorando de entendimento para a aquisição da Macaé Merchant da El Paso, por US$ 357 milhões, a Petrobras põe fim a três anos de polêmica em seus negócios com termelétricas. No ano passado, a companhia já havia adquirido dos bancos controladores da Enron e do grupo MPX a SFE Eletrobolt e a Termoceará, respectivamente, somando um desembolso de US$ 658 milhões com a compra das três usinas. Os antigos donos tinham um contrato de consórcio com a Petrobras, firmando na época do racionamento de energia, no qual a companhia era obrigada a fazer pagamentos contingenciais em caso de o empreendimento não obter receita suficiente para cobrir seus custos de operação.
Até o início do processo de arbitragem com as três empresas controladores, a Petrobras desembolsou US$ 1,005 bilhão em contribuições de contingência para cobrir as despesas das plantas de geração. Desta forma, o negócio com as merchants e a posterior aquisição das usinas custaram US$ 1,663 bilhão, o que representa o dobro do valor para construção de três unidades novas. Com o resultado dessa operação, evitamos que fossem pagos mais US$ 1,132 bilhão em contribuições de contingência previstas nos contratos, disse o diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauder.
Além da suspensão desses pagamentos futuros, o executivo também destacou como aspecto positivo da operação o fato de a Petrobras ter adquirido as três usinas, que poderão participar dos futuros leilões de energia e gerar receitas para a estatal.
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