Niterói Fenashore 2009

Desafios e Proposições para a sustentabilidade do setor naval

A sustentabilidade na indústria naval foi o tema central desta edição da Niterói Fenashore que termina hoje. O evento reuniu vários debates sobre a elaboração de um plano diretor de sustentabilidade para o setor naval e hoje, no último painel, o debate consolidou todas as sugestões para uni

Redação
12/11/2009 19:14
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A sustentabilidade na indústria naval foi o tema central desta edição da Niterói Fenashore que termina hoje. O evento reuniu vários debates sobre a elaboração de um plano diretor de sustentabilidade para o setor naval e hoje, no último painel, o debate consolidou todas as sugestões para unir o crescimento da indústria naval com o desenvolvimento sustentável.

 

A mesa, moderada pela diretora da Agência de Inovação e chefe do gabinete de engenharia mecânica da Universidade Federal Fluminense, Fabiana Leta, relembrou os principais tópicos das apresentações dos painéis de ontem. Segundo Fabiana, o setor ainda tem muitos desafios para atingir a sustentabilidade, mas esta numa curva positiva.

 

Floriano Carlos Martins, professor associado e chefe da área de transporte aquaviário do Programa de Engenharia Oceânica - COPPE/UFRJ, indicou que um dos principais desafios para se atingir a sustentabilidade do setor, é o baixo desempenho em P&D nacional. Floriano disse que há estimativas de que, entre 2012 a 2030, o Brasil eleve suas taxas de crescimento significativamente, mas que depois o país encontre dificuldades para manter esses patamares.

 

Outra questão apontada como desafio para se atingir a sustentabilidade foi a questão do conteúdo nacional. "É preciso não apenas estabelecer curvas de aprendizado, mas principalmente metas de estímulo para uma eficaz política de conteúdo nacional", afirma Floriano.

 

O professor exemplificou o caso do Estaleiro Mauá como um grande incentivador disso e apontou como possíveis soluções, questões como: produção de máquinas e equipamentos em escala, internacionalização de navios, base tecnológica mobilizada e ativa para o setor, resolução de gargalos logísticos entre outros.

 

Também presente no debate, Arnaldo Arcadier, gerente executivo do Promef, da Transpetro, revelou que o setor precisa de fato ter raízes sustentáveis e que precisa-se utilizar mais projetos nacionais e incentir pesquisas e desenvolvimento. De acordo com ele, é necessário ter estaleiros de reparo naval e uma maior valorização do transporte aquaviário nacional para se tornar a indústria naval sustentável. "Da mesma forma que tem que nascer estaleiros no país, tem que nascer uma indústria de navipeças", complementa.

 

Na ocasião, Arcadier enfatizou a importância do Fundo de Marinha Mercante (FMM) ao setor. "O FMM tem papel fundamental para a retomada da indústria naval. Ele tem que ser mantido durante o período de consolidação da indústria de construção naval brasileira". O executivo salientou ainda a importância da mão de obra e qualificação do setor.

 

Também estiveram presentes no painel: Laerte Galhardo, coordenador do Centro de Excelência em EPC da Petrobras e o superintendente da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Caio Pimenta.

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