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Depois do sucesso dos últimos leilões e dos investimentos das grandes petroleiras confiança no futuro do O&G aumenta

Redação/Assessoria
29/01/2018 16:18
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Os líderes do setor de óleo e gás no Brasil esperam uma mudança positiva nos níveis de investimento em P&D para 2018, de acordo com a nova pesquisa publicada pela DNV GL, principal provedora de serviços de consultoria técnica para o setor. Os resultados confirmam que os entrevistados estão menos otimistas do que seus pares globais em termos de crescimento de pessoal (10% vs. 20%) e de investimento em capex (17% vs. 21%).

Entretanto, mais de dois terços (61%) dos entrevistados citaram que suas empresas irão manter ou aumentar o nível de investimento em 2018, comparado com 44% no ano passado, sugerindo um ambiente mais estável. A análise mostra uma forte correlação entre as empresas que preveem um aumento do investimento em saúde e segurança, e aquelas que pretendem investir em capex e conformidade legal.

"Confiança e Controle: Perspectivas para a indústria de óleo e gás" (Confidence and Control: The outlook for the oil and gas industry), é o oitavo estudo anual da DNV GL sobre as perspectivas da indústria de óleo e gás, apresentando um retrato da confiança, prioridades e preocupações para 2018. Ele revela uma guinada iminente em gastos em P&D e inovação após três anos de cortes e congelamentos. Mais de um terço (36%) de 813 profissionais seniores entrevistados ao redor do mundo – 34% no Brasil – esperam aumentar os investimentos em P&D e inovação em 2018: o nível mais alto registrado em quatro anos, tendo mais do que duplicado em relação ao ano passado (de 16% para 34%).

Na opinião de 37% dos entrevistados brasileiros, a maior barreira para o crescimento do setor continua sendo a economia local, apesar desse número ter caído consideravelmente em relação aos 52% registrados no ano passado, refletindo os avanços alcançados no período. A falta de suporte do governo e de políticas adequadas é considerada a segunda maior barreira. Apesar de a carga regulatória crescente estar em terceiro lugar no ranking, esta barreira praticamente duplicou em relação a 2017, passando de 14% apara 27%. Mais de dois terços dos entrevistados esperam um aumento dos custos relacionados com conformidade legal, sendo 26% em 2017 e 39% em 2018.

Apesar da preocupação com o aumento da carga regulatória, apenas uma minoria dos entrevistados brasileiros (7%) acredita que políticas de saúde e segurança devam ser flexibilizadas para permitir maiores níveis de eficiência, contra 16% globalmente. Por outro lado, menos da metade dos entrevistados brasileiros acreditam que a alta administração entenda os riscos para a segurança oriundos das ações de corte de custos (13 pontos percentuais a menos que a média global). A parcela dos entrevistados que esperam um aumento nos investimentos de saúde e segurança no Brasil mais do que triplicou em relação a 2017, de 10% para 32% (contra 28% da média mundial para 2018).

Gestão de custos é uma prioridade para nove em cada dez brasileiros (91%) do setor – um aumento significativo em relação aos 82% registrados em 2017. Em contraste, o foco global se manteve relativamente estático – de 85% em 2017 para 82% neste ano.

A eficiência operacional de ativos existentes é uma prioridade para a indústria de óleo e gás no Brasil em 2018, com 56% dos entrevistados afirmando que esperam aumentar o foco nesta área. Isto é observado em todos os segmentos da indústria: upstream midstream e downstream. Neste sentido, digitalização tem um papel fundamental, permitindo a implementação de novos modelos de gestão de integridade e operacional, bem como novas tecnologias.

"Após alguns anos de baixo preço de petróleo e instabilidade política e econômica, o otimismo está crescendo no Brasil. A execução de reformas importantes no setor, a melhoria da previsibilidade do ambiente de negócios e uma perspectiva positiva no médio e longo prazos, abriram oportunidades para petroleiras nacionais e estrangeiras. Vivemos um momento de ressurgência do interesse no Brasil, e isso está gerando um aumento do nível de atividade na indústria, ainda que modesto em um primeiro momento," diz Alex Imperial, VP e gerente de Área, da DNV GL Oil & Gas para a América do Sul.

"É encorajador ver uma recuperação das intenções de aumento de investimento em saúde e segurança, além do foco continuado em otimização de ativos visando a melhoria da eficiência operacional. O crescimento expressivo do número de entrevistados que esperam aumento dos investimentos em P&D e digitalização, conforme indica a pesquisa, também é muito positivo, por serem dois motores importantes para maximização da produção e melhoria da custo-eficiência."

Outros resultados importantes da pesquisa da DNV GL incluem:

O aumento da confiança também fica evidente em nível regional. A Europa apresentou a perspectiva mais otimista para o setor de óleo e gás (de 24% no ano passado para 64%), enquanto a América Latina passou de 46% em 2017 para 77% em 2018, e a região Ásia-Pacífico passou de 30% em 2017 para 57 % em 2018. Na América do Norte a tendência é mais discreta, tendo variado de 49% para 57% de um ano para outro;

73% dos líderes da indústria global indicam que suas organizações tiveram algum ou muito sucesso em alcançar as metas de custo-eficiência em 2017, contra 78% no Brasil;

62% dos entrevistados globalmente esperam que suas organizações mantenham ou aumentem o número de funcionários em 2018, contra 56% no Brasil. Em 2017 os percentuais eram 44% no Brasil contra 43% globalmente;

58% dos entrevistados globalmente esperam manter ou aumentar suas despesas operacionais (opex) em 2018, um aumento de 17 pontos percentuais em relação aos 41 registrados no passado. No Brasil, esses percentuais são 47% em 2018 contra 38% em 2017.

 

 

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