<P>O Governo Federal desistiu de implantar o Centro Administrativo Único (CAU) — ou Despacha-Rápido — no Armazém 4 do Porto de Santos. Agora, quase dois anos depois da definição do local e com a empresa vencedora da licitação para as obras prestes a iniciar os trabalhos, a unidade deverá...
A Tribuna - SPO Governo Federal desistiu de implantar o Centro Administrativo Único (CAU) — ou Despacha-Rápido — no Armazém 4 do Porto de Santos. Agora, quase dois anos depois da definição do local e com a empresa vencedora da licitação para as obras prestes a iniciar os trabalhos, a unidade deverá ser instalada nos galpões do Ceagesp, no Centro de Santos, conforme proposto pela Administração Municipal.
O CAU começou a ser desenvolvido pela União em 2004, como um dos itens do programa Agenda Portos, que listou as obras emergenciais nos principais portos do País. De lá até agora, apenas a licitação para a reforma do velho galpão e a montagem do canteiro de obras foram concluídas. A concorrência foi vencida pela construtora Terracom, que ofereceu preço de R$ 2,1 milhões para remodelar o imóvel.
O empreendimento foi planejado para abrigar em um mesmo espaço todos os órgãos públicos com interferência na liberação de cargas no porto, diminuindo o tempo de deslocamento dos usuários do complexo entre as unidades de serviço.
De acordo com o secretário de Assuntos Portuários e Marítimos de Santos, Sérgio Aquino, a Prefeitura propôs ainda ao Ministério dos Transportes (que comandou os portos até abril último, antes da criação da Secretaria Especial de Portos, SEP) que o Armazém 4 fosse destinado a projetos culturais e de lazer, assim como o Município pretende fazer com os galpões 1 a 3 e 5 a 8, também localizados no Valongo. ‘‘Nós firmamos a posição de que nada deveria ser feito de maneira isolada naquele trecho. Não teria cabimento o CAU ficar deslocado, bem no meio de uma área destinada a projetos de revitalização’’, argumentou.
Aquino lembrou, também, que o Grupo de Trabalho do Ministério dos Transportes, criado para estudar a transferência dos velhos armazéns ao Município, determinou a suspensão das obras no Armazém 4. ‘‘A Prefeitura recebeu a responsabilidade de estudar uma nova área para o CAU. Nesse sentido, o prefeito João Paulo Papa autorizou um espaço para o CAU no Ceagesp’’, disse.
A escolha do local, segundo seu secretário, vai permitir que as ações do Poupa Tempo e do CAU sejam feitas de forma aproximada. ‘‘É a ligação porto-cidade. O Poupa Tempo atende cidadãos e o CAU, usuários do porto’’, comentou. O Ceagesp fica na Rua João Pessoa, ao lado da entrada de serviços do Teatro Coliseu.
A proposta da Prefeitura está sendo vista com bons olhos pela Secretaria Especial de Portos. Técnicos federais enviados a Santos pela pasta admitiram, na semana passada, que há grandes chances de o projeto migrar para o imóvel municipal.
Na última terça-feira, durante a reunião semanal do Comitê de Logística do Porto de Santos, o diretor de Infra-estrutura e Serviços da Codesp, Arnaldo Barreto, afirmou que o projeto não será prejudicado se houver a mudança de local. Ele destacou, porém, que o tempo desperdiçado nos debates sobre o empreendimento e a licitação para a adequação do imóvel será ‘‘perdido’’.
Outubro de 2004
Construção
Em visita a Santos, técnicos do programa Agenda Portos, criado pela Casa Civil, definiram a implantação do CAU. A princípio, a intenção era construir um prédio próprio para a unidade. Empresários elogiaram a idéia.
Maio de 2005
Compra
A construção de um imóvel para o Despacha-Rápido foi descartada pelo Governo Federal, que considerava alto o investimento no empreendimento. A União começou, então, a negociar a compra de dois andares pertecentes ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Novembro de 2005
Aproveitamento
Devido a entraves burocráticos que impediram a compra do imóvel do INSS, a Codesp e a Prefeitura de Santos propuseram à União a reforma do Armazém 4 do porto para abrigar a unidade.
Novembro de 2006
Licitação
Após diversos recursos judiciais, a Codesp escolheu a empresa Terracom para reformar o Armazém 4. A empresa venceu ao apresentar proposta com valor de R$ 2,1 milhões.
Março 2007
Obras
A previsão da Autoridade Portuária era que as obras começassem nesse mês.
A expectativa era que os trabalhos durassem seis meses, terminando até o final do ano.
Fonte: A Tribuna - SP
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