Redação/Boletim SCA
A demanda por diesel no país hoje já é 4% superior ao observado em igual período do ano passado, afirmou há pouco o secretário de petróleo, gás natural e biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), José Mauro Coelho. No momento mais agudo da crise econômica causada pela pandemia de coronavírus, em abril, o consumo do combustível chegou a recuar 18%.
"Notem que a economia brasileira começa a ter uma retomada. O [consumo de] diesel mostra isso. Isso tem muito a ver como agronegócio, com a grande safra que estamos experimentando", afirmou Coelho, em evento online da Associação Regional de Empresas do Setor de Petróleo, Gás e Biocombustíveis na América
Latina e Caribe (Arpel).
Com relação aos demais combustíveis, a demanda continua inferior em relação ao ano passado, porém com crescimento em relação ao pior momento da crise econômica. No caso da gasolina, a demanda, que chegou a ser 35% menor, hoje experimenta uma redução de 8%.
Com relação ao etanol hidratado, a queda está na casa de 23%, ante a redução de 49%, observada no momento mais crítico da crise. Segundo Coelho, o mercado de querosene de aviação é o que ainda apresenta o quadro mais grave, com queda de 76%. Esse número, no entanto, chegou a ser de 85%.
O secretário do MME também contou que a produção de petróleo do país também está apresentando uma retomada. Segundo ele, em janeiro e fevereiro, a produção estava em torno de 2,8 milhões de barris diários de petróleo. "A partir de março, tivemos uma pequena queda de produção. Hoje já temos retomada dessa produção", disse ele, lembrando que a Petrobras havia ajustado para baixo sua produção em março e abril.
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