MME

Definida pelo CNPE a nova política de exploração e produção de óleo e gás no Brasil

Redação/Assessoria
06/07/2017 12:30
Definida pelo CNPE a nova política de exploração e produção de óleo e gás no Brasil Imagem: Divulgação Visualizações: 820 (0) (0) (0) (0)

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) publica nesta quinta-feira, 7, no Diário Oficial da União uma nova política de exploração e produção de petróleo e gás natural, que tem como foco a atração para o Brasil de petroleiras investidoras. As diretrizes atendem parte da agenda de reivindicações das companhias estrangeiras de grande porte, reunidas no Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), que ganhou espaço no governo do presidente Michel Temer (PMDB).

A resolução 17 do CNPE substituirá outra, a de número 8, de julho de 2003, definida no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que tinha como meta centralizar os investimentos e ganhos do setor de petróleo na Petrobras e também explorar gradativamente as reservas brasileiras. A nova política define sentido inverso à indústria, ao estabelecer como princípio "a maximização da recuperação dos recursos in situ (inexplorados) dos reservatórios, a quantificação do potencial petrolífero nacional e a intensificação das atividades exploratórias no País, bem como a promoção da adequada monetização das reservas existentes", logo no primeiro artigo.

Com a nova resolução, o governo Temer quer aumentar o número de participantes na indústria, por isso o texto define que deverá ser incentivada a "maior pluralidade de atores da indústria, visando ampliar a competitividade no segmento de exploração e produção de petróleo e gás natural". De olho nos investidores, lista ainda uma série de medidas que devem ser tomadas pelos diferentes órgãos ligados ao Ministério de Minas e Energia, como a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O MME deverá propor um cronograma de leilões de áreas para exploração e produção com horizonte de até cinco anos, para dar previsibilidade aos investidores. As licitações terão modelos adaptados aos cenários de competição externa e de comportamento da indústria da época. O incentivo ao investimento em áreas de pequeno e médio portes e em bacias ainda pouco exploradas, mas com potencial, as novas fronteiras, também estão no radar. Assim como o compartilhamento da infraestrutura existente e o estímulo para as petroleiras que quiserem estender o prazo de exploração de áreas em estágio de declínio, utilizando tecnologias de recuperação dos reservatórios, inclusive, com redução do royalty relativo a esses campos para o piso de 5%. Os modelos de contratação de áreas serão adequados aos riscos dos projetos.

A ANP foi autorizada a promover pequenos leilões permanentes de áreas que já haviam sido concedidas, inclusive à Petrobras, mas foram devolvidas à União por diversas razões, entre elas, por não darem o retorno esperado para uma empresa do porte da concessionária. Com isso, o governo espera atrair investidores de menor porte, mais adequados a reservatórios menores. Nesse caso, no entanto, não se encaixam blocos de pré-sal ou aqueles considerados estratégicos.

O Ministério do Meio Ambiente foi convocado a participar do esforço, já que as petroleiras reclamam no atraso de alguns projetos, por conta dos prazos de licenciamento impostos pelos órgãos ligados à pasta. Por isso, antes de definir as áreas que serão leiloadas, os setores de meio ambiente e de minas e energia do governo se reunirão previamente para identificar potenciais impactos sociambientais da exploração e produção de cada bacia, que devem servir também para gerar recomendações nos processos de concessão dos blocos e de licenciamento.

As áreas que não tiverem sido alvo desses estudos merecerão pareceres sobre possíveis restrições ambientais, elaborados conjuntamente pelo MME e pelo MMA. Os dois ministérios têm 120 dias a partir de amanhã para estabelecer os procedimentos, critérios e prazos que balizarão as manifestações conjuntas.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
PPSA
Produção de petróleo da União ultrapassa 100 mil bpd em ...
16/12/24
Eólica Offshore
Posicionamento IBP - Aprovação do PL de Eólicas Offshore
16/12/24
Etanol
Hidratado volta a cair e anidro fecha valorizado na semana
16/12/24
Energia Eólica
Aprovação do Projeto de Lei 576/2021: Eólicas Offshore n...
13/12/24
Energia Elétrica
ENEL lança edital de chamada pública e libera R$ 59,5 mi...
13/12/24
Oportunidade
Subsea7 abre Programa de Estágio 2025 para diversas áreas
13/12/24
Energia Elétrica
Eletrobras conclui instalação de polos do Innovation Gri...
12/12/24
Hidrogênio Verde
Parceria entre SENAI CIMATEC e Galp viabiliza primeira p...
12/12/24
Petrobras
Novos contratos para construção e afretamento de 12 emba...
12/12/24
Etanol
Lei que regulamenta mercado de carbono no Brasil é sanci...
12/12/24
Termelétrica
Eneva conclui aquisição de usina Gera Maranhão
12/12/24
Sustentabilidade
Ambipar e USP inauguram Centro de Pesquisa e Inovação em...
12/12/24
Apoio Offshore
Omni Táxi Aéreo renova contrato com a TotalEnergies
12/12/24
Avaliação
Brasil ocupa 46ª posição em ranking de competitividade d...
12/12/24
Drilling
Foresea realiza primeira operação de perfuração de poço ...
11/12/24
Transição Energética
Senado aprova programa de incentivo a fontes renováveis
11/12/24
Rio Grande do Norte
Diretor do SENAI-RN aponta oportunidades da transição en...
10/12/24
Oferta Permanente
CNPE aprova inclusão de sete blocos na Oferta Permanente...
10/12/24
Rio de Janeiro
Petrobras, IBP, SINAVAL e ABEEMAR promovem rodada de neg...
10/12/24
Oportunidade
Programa Autonomia e Renda Petrobras abre mais 12,7 mil ...
10/12/24
Indústria Naval
CNPE define índice mínimo de 50% de conteúdo local para ...
10/12/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

21