Mão de Obra

Déficit internacional de soldadores qualificados pode chegar a 250 mil em três anos

O assunto será tema central do Workshop Técnico programado para acontecer durante a Navalshore 2012 - Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore, que acontece nos dias 1, 2 e 3 de agosto, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro.

Redação
31/07/2012 11:00
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O diretor executivo da Associação Brasileira de Soldagem, Daniel Almeida, afirma: "Recente pesquisa realizada nos Estados Unidos identificou que o mercado naval internacional sofrerá, em três anos, um déficit de 250 mil profissionais". De fato a carência de profissionais especializados é recorrente no mercado e fragiliza o potencial de crescimento da indústria como um todo.

O assunto será tema central do Workshop Técnico programado para acontecer durante a Navalshore 2012 - Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore, que acontece nos dias 1, 2 e 3 de agosto, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro.

Segundo Almeida, a situação no Brasil torna-se ainda mais complexa pela evasão de profissionais brasileiros para empresas americanas e canadenses. "As companhias estrangeiras vivem as mesmas dificuldades que o Brasil para encontrar mão de obra qualificada e fazem uso de estratégias como altos salários para atrair os profissionais disponíveis", explica.

Já para o engenheiro e gerente de Construção e Montagem da Petrobras, José Luís Cunha, as dificuldades brasileiras são o reflexo da falta de políticas de produção mais objetivas para a indústria naval, que por muitos anos prejudicaram o desenvolvimento do setor. "O Brasil teve o processo de construção naval paralisado por muitos anos, perdendo encomendas para estaleiros localizados em outros países", afirma.

Com o Plano de Negócios e Ação da Petrobras, a criação de políticas mais objetivas e a exigência de conteúdo nacional mínimo, a indústria naval brasileira renasceu. Novos estaleiros foram construídos e cerca de 58 mil postos de trabalho direto foram criados. Entretanto, algumas necessidades do setor ainda não foram 100% atendidas. Cunha aponta entre os problemas a serem resolvidos aqueles que demandam atenção imediata: adoção de processos de alta produtividade, capacitação da mão de obra geral, carência de soldadores, operadores, montadores; soldadores especializados em materiais mais nobres, entre outros. 

Almeida, da Associação Brasileira de Soldagem, acrescenta que é igualmente importante as empresas investirem na modernização das soluções tecnológicas. "De uma forma geral a tecnologia de soldagem empregada é satisfatória, porém podemos utilizar um pouco mais a automatização ou mesmo a robótica para melhorar a produtividade", diz. Já Cunha aposta na construção de um Departamento Técnico de Soldagem, local em que engenheiros e inspetores de soldagem possam desenvolver e acompanhar os processos de soldagem da empresa.

Os dois especialistas no tema participam do Workshop Técnico sobre a Soldagem na Área Naval e Offshore acontecerá no dia 3 de agosto, das 9h às 12h, sala 6, no segundo pavimento do Centro de Convenções SulAméricas. O evento conta também com a participação do engenheiro da Böhler Welding Group, Omar Samra, do diretor da Divisão de Tecnologia e Soldagem da Fronius do Brasil, Walter Wetzel, acompanhado de outro representante da empresa, Mario Cesar de Freitas, e do diretor de Desenvolvimento de Segmentos da ITW Welding Brasil, Ubirajara Pereira Costa.
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