Redação TN Petróleo/Assessoria Firjan
Promovido pela Firjan SENAI, Sebrae RJ e Prefeitura de Macaé, o Macaé Energy 2024 está mobilizando a indústria nacional de petróleo, gás natural e novas energias em três dias de debates no município do Norte Fluminense. A atividade de recuperação de campos maduros na Bacia de Campos e a produção offshore recebeu atenção no evento. "Esta primeira edição tem o objetivo de impulsionar as discussões e posicionamentos em prol do fortalecimento das atividades de exploração e produção de óleo e gás natural, do qual o Rio de Janeiro é muito forte, além de pautar as novas energias", afirma a gerente geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Karine Fragoso.
Na abertura do painel sobre produção offshore, a PPSA apresentou um detalhado panorama do mercado offshore no país, com foco nas bacias de Campos e Santos. Conforme a presidente da empresa, Tabita Loureiro, a bacia de Campos acumula recuperação total de mais de 14 bilhões de barris de petróleo, equivalente a quase 60% de todo o óleo recuperado nas bacias brasileiras. Segundo ela, mesmo nessa bacia, como em todas as outras, ainda há muito espaço para aumentar o fator de recuperação.
"Mas, para isso, é preciso que seja intensificada a atividade de perfuração de novos poços, ampliando além das atividades de workover em poços existentes. Atualmente, a indústria investe mais em renováveis do que em exploração, o que é preocupante para a reposição das reservas e produção futura, pois impacta na nossa balança comercial de petróleo e que pode nos tornar importador líquido de petróleo na década de 2030", alertou Tabita.
Já o secretário de Desenvolvimento de Macaé, Rodrigo Vianna, reforçou a necessidade de sensibilização dos agentes públicos deste mercado na importância de haver celeridade nos processos de melhoria do ambiente de negócios, tanto para a atração de investimentos quanto para a geração da atividade econômica do município produtor, o estado e o país.
Campos Maduros movimentam a economia local
De acordo com o diretor de Relações Institucionais da Perenco, Leonardo Caldas, a operação e a manutenção de campos maduros de águas rasas, promovidas pela empresa, realizam bastante contratação local. Segundo ele, 40% dos seus fornecedores estão no município do Norte Fluminense.
Já a PRIO destacou a importância de revisão do arcabouço regulatório, que estimula a recuperação de campos maduros e marginais. "É importante considerar o tie-back como uma solução que suporta a economicidade de projetos de campos menores, viabilizando a contratação de bens serviços e mão de obra, geração de emprego e renda", afirmou o diretor jurídico da operadora, Emiliano Gomes, que também é presidente do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da Firjan.
Diretor de Operações da 3R Petroleum, Maurício Diniz explicou que possui variados níveis de recuperação nas operações da 3R e exemplificou ainda a oportunidade que existe em outros campos, não operados pela Companhia.
A BW Energy reforçou que há casos como o campo de Maromba que, mesmo sendo marginal, tem 1,1 bilhão de dólares em investimentos para conseguir iniciar a produção a partir de 2028, mas ainda aguardam a regulamentação da redução de royalties em campos marginais. "Além disso, o pós sal encontra-se aprisionado pelo polígono da partilha, gerando custos maiores na oferta de novas áreas dentro do polígono, com potencial focado no horizonte geológico do pós sal", afirmou Alex Garcia de Almeida, gerente Regulatório e Institucional da empresa.
A gerente de Relações Governamentais e Assuntos Regulatórios da Trident, Deise Monteiro, explicitou os esforços para recuperação dos ativos da companhia. Por exemplo, segundo ela, nos últimos 24 meses aproximadamente 10 km de trechos de tubulações no mar foram substituídos nos polos de Enchova e Pampa, investimento de 8 milhões de dólares, gerando demanda por bens e serviços e renda em toda a região do estado do Rio.
Protocolo de intenções
Ao final dos painéis, Emiliano Gomes e o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo, Márcio Félix, assinaram o Protocolo de Intenções entre Firjan e ABPIP, visando parceria entre as instituições para o desenvolvimento de projetos relacionados à expansão das atividades de produtores independentes de óleo e gás natural no Rio de Janeiro. "Petróleo e gás natural também são transição energética. Por isso, precisamos focar na diversificação de soluções para descarbonização e expansão da geração de riqueza, proporcionando mais demanda para a indústria local", acrescentou Karine Fragoso.
O Macaé Energy tem o patrocínio da Martinelli Advogados, Perbras, EBSE, 3R Petroleum, Ouronova e EDF. Assim como apoio institucional, da Firjan SESI, Ministério de Minas e Energia (MME), ANP, EPE, Governo do Estado do Rio, por meio da SEENEMAR, IBP, Abespetro, ABPIP, ONIP, Abimaq, Rede PetroBC, ATGás, Great, IADC e Selva Brasil.
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