Empresas

CVM conclui que Eike usou informações privilegiadas

Empresário é acusado de descumprir a Lei das SA e o artigo 13 da Instrução 358.

Valor Econômico
11/04/2014 12:48
Visualizações: 1078

 

Investigação feita pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) indica que Eike Batista e os administradores da OGX levaram dez meses para informar o mercado sobre a inviabilidade de campos de petróleo da companhia. Em processo ao qual teve acesso o Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, a CVM aponta que os administradores falharam na divulgação de informações relevantes e que Eike, já ciente dos dados, negociou ações de OGX e OSX enquanto dava declarações otimistas pelo Twitter.
O ponto central da investigação foi a declaração de inviabilidade econômica dos campos de Tubarão Azul, Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia, em 1º de julho de 2013, que deu início à derrocada da OGX. Entre 2009 e julho de 2011, a empresa fez divulgações sempre positivas sobre o potencial dos campos. A divulgação seguinte veio só em março de 2013, sem tocar no volume de óleo recuperável, como em comunicados anteriores. Mas, segundo relatório da área de reservatórios, desde 2011 já se sabia preliminarmente que os volumes e a compartimentação eram muito diferentes da interpretação inicial. A OGX criou um grupo de trabalho, que, em 24 de setembro de 2012, com estudo da Schlumberger Serviços de Petróleo, apresentou à diretoria novas estimativas para o volume de óleo e o que seria recuperável. Em todos os cenários, o valor presente líquido (VPL) para o projeto era negativo.
A CVM concluiu que Eike tinha informações desconhecidas do mercado quando vendeu as ações - que ele alega ter sido para pagar dívidas. Para a autarquia, ele poderia ter se desfeito de outros bens. Eike é acusado de descumprir a Lei das SA e o artigo 13 da Instrução 358, que tratam do dever do administrador de guardar sigilo sobre informações não divulgadas da empresa e proíbem que ele as use para obter vantagem em negociação com ações. O prazo para apresentação de defesa é 14 de maio. O escritório PCPC, que atua na defesa de Eike, não concedeu entrevista.

Investigação feita pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) indica que Eike Batista e os administradores da OGX levaram dez meses para informar o mercado sobre a inviabilidade de campos de petróleo da companhia. Em processo ao qual teve acesso o Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, a CVM aponta que os administradores falharam na divulgação de informações relevantes e que Eike, já ciente dos dados, negociou ações de OGX e OSX enquanto dava declarações otimistas pelo Twitter.

O ponto central da investigação foi a declaração de inviabilidade econômica dos campos de Tubarão Azul, Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia, em 1º de julho de 2013, que deu início à derrocada da OGX. Entre 2009 e julho de 2011, a empresa fez divulgações sempre positivas sobre o potencial dos campos. A divulgação seguinte veio só em março de 2013, sem tocar no volume de óleo recuperável, como em comunicados anteriores. Mas, segundo relatório da área de reservatórios, desde 2011 já se sabia preliminarmente que os volumes e a compartimentação eram muito diferentes da interpretação inicial. A OGX criou um grupo de trabalho, que, em 24 de setembro de 2012, com estudo da Schlumberger Serviços de Petróleo, apresentou à diretoria novas estimativas para o volume de óleo e o que seria recuperável. Em todos os cenários, o valor presente líquido (VPL) para o projeto era negativo.

A CVM concluiu que Eike tinha informações desconhecidas do mercado quando vendeu as ações - que ele alega ter sido para pagar dívidas. Para a autarquia, ele poderia ter se desfeito de outros bens. Eike é acusado de descumprir a Lei das SA e o artigo 13 da Instrução 358, que tratam do dever do administrador de guardar sigilo sobre informações não divulgadas da empresa e proíbem que ele as use para obter vantagem em negociação com ações. O prazo para apresentação de defesa é 14 de maio. O escritório PCPC, que atua na defesa de Eike, não concedeu entrevista.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
E&P
Investimento para o desenvolvimento do projeto Sergipe Á...
19/12/25
Bahia Oil & Gas Energy
Bahia Oil & Gas Energy abre inscrições para atividades t...
19/12/25
PPSA
Produção em regime de partilha ultrapassa 1,5 milhão de ...
19/12/25
Petroquímica
Petrobras assina novos contratos de longo prazo com a Br...
19/12/25
Energia Eólica
ENGIE inicia operação comercial total do Conjunto Eólico...
18/12/25
Parceria
Energia renovável no Brasil: Petrobras e Lightsource bp ...
18/12/25
Biorrefinaria
Inpasa anuncia nova biorrefinaria em Rondonópolis (MT) e...
18/12/25
iBEM26
Startup Day vai mostrar tendências e inovações do setor ...
17/12/25
PD&I
Rio ganha novo Centro de Referência em Tecnologia da Inf...
17/12/25
Etanol de milho
Produção de etanol de milho cresce, mas disputa por biom...
17/12/25
Gás Natural
Produção de gás natural bate recorde no Brasil, e consum...
17/12/25
Biodiesel
ANP reúne representantes de laboratórios para discussões...
17/12/25
Pré-Sal
Cerimônia marca início da produção do campo de Bacalhau,...
17/12/25
Logística
Santos Brasil recebe autorização para operar com capacid...
16/12/25
Indicadores
ETANOL/CEPEA: Indicadores são os maiores da safra 25/26
16/12/25
Sergipe
Projeto Sergipe Águas Profundas reforça expansão da ofer...
15/12/25
Etanol
Hidratado sobe pela 9ª semana seguida
15/12/25
Meio Ambiente
Shell Brasil, Petrobras e CCARBON/USP lançam o Carbon Co...
12/12/25
Energia Solar
Desafios de topografia na geração de energia solar: conh...
12/12/25
Oferta Permanente
Seminário da ANP apresenta informações sobre a Oferta Pe...
12/12/25
Drilling
SLB conclui a construção do primeiro poço de injeção de ...
12/12/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.