Economia

CUT lança campanhas contra privatizações dos setores elétrico e de água no país

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) e movimentos sociais apresentaram ontem (10), em São Paulo, as campanhas que estão implementando este mês contra a privatização dos setores elétrico e de água. A partir de 2015, diversos contratos de conc

Agência Brasil
11/11/2011 11:26
Visualizações: 315 (0) (0) (0) (0)
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) e movimentos sociais apresentaram ontem (10), em São Paulo, as campanhas que estão implementando este mês contra a privatização dos setores elétrico e de água no país. O material, que será divulgado em revistas, jornais, internet, rádios e distribuído à população, pretende mobilizar a sociedade e o governo sobre as parcerias público-privadas (PPPs) no setor de água e as concessões de energia elétrica no país.

No manifesto, no qual defendem a renovação das concessões do setor elétrico, as entidades explicam que a atual legislação não prevê a possibilidade de renovação para as empresas geradoras, transmissoras ou distribuidoras de energia, que deverão participar de um leilão. A partir de 2015, diversos contratos de concessão de energia elétrica - firmados com Furnas, Chesf, Eletronorte, Cesp, Cemig e Copel, entre outras - começam a vencer. Segundo o manifesto, esses contratos correspondem a cerca de 20% do parque gerador brasileiro, 80% das linhas de transmissão e 49 empresas distribuidoras, o que representa “35% do total de energia comercializada no país e envolve negócios da ordem de R$ 30 bilhões por ano”.

Para Franklin Moreira Gonçalves, presidente da FNU, os leilões de energia representam “uma nova tentativa de privatizar o setor elétrico em função dos investimentos [que já foram feitos] na concessão”. Segundo ele, é preciso alterar a legislação, permitir a renovação das concessões do setor elétrico e aumentar os instrumentos de controle social para garantir que haja qualidade nos serviços e tarifas mais justas para a população.

Segundo o presidente da CUT, Artur Henrique, também é preciso que a legislação garanta melhores condições para os trabalhadores do setor. “Precisamos aproveitar o debate da renovação das concessões para exigir, na renovação das concessões, regras de qualidade, de investimento e que acabem com a precarização das relações do trabalho, o que valeria para todas as empresas”, disse.

Já no manifesto em que se colocam contra a adoção de parcerias público-privadas no setor de água, as entidades argumentam que esse modelo significaria também uma tentativa de privatização. De acordo com o manifesto, hoje a maioria dos municípios brasileiros tem como operadora as companhias estaduais de saneamento, que atendem cerca de 80% da população brasileira. “Não podemos deixar que a água, que é o bem mais valioso da humanidade, caia nas mãos da ganância de empresários nacionais e de grupos estrangeiros”, diz o documento.

“Energia e água são dois temas estratégicos. Já tivemos uma experiência de erro que foi o processo de privatização no setor elétrico, e não vamos deixar isso ocorrer novamente. As consequências dessa privatização foram explosão das tarifas de energia elétrica e aumento da exploração sobre os trabalhadores do setor, e toda a riqueza gerada no setor não tem se revertido em benefício da população”, disse Gilberto Cervinski, da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

As entidades estão organizando um calendário de ações para abrir o debate sobre as concessões de energia e sobre a prestação de serviços de saneamento em todo o país. Ontem (10), os seus representantes se reuniram com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, para apresentar o material das duas campanhas. No dia 18 de novembro, será realizado um ato político na Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso (BA) pela renovação das concessões no setor elétrico.
Mais Lidas De Hoje
veja Também
Combustíveis
Preços do diesel, etanol e gasolina seguem tendência de ...
15/07/25
Evento
IBP debate direitos humanos na cadeia de suprimentos de ...
15/07/25
Sustentabilidade
PRIO avança em sustentabilidade e reforça governança cor...
15/07/25
PPSA
Produção de petróleo da União sobe 13,2% e alcança 128 m...
15/07/25
Bacia de Campos
Equinor recebe do Ibama Licença de Instalação do Gasodut...
15/07/25
Firjan
Para tratar sobre o "tarifaço", Firjan participa de reun...
15/07/25
Tecnologia e Inovação
Equinor lança terceira edição de programa de inovação ab...
14/07/25
Fenasucro
Brasil ocupa posição de destaque mundial na cogeração re...
14/07/25
Pré-Sal
FPSO P-78 deixa Singapura rumo ao campo de Búzios
14/07/25
RenovaBio
Lista de sanções a distribuidores de combustíveis inadim...
14/07/25
Gás Natural
Competitividade econômica e sustentabilidade para o Para...
14/07/25
Etanol
Etanol recua na segunda semana de julho, aponta Cepea/Esalq
14/07/25
Petrobras
Angélica Laureano assume como Diretora Executiva de Tran...
11/07/25
Gás Natural
Transportadoras de gás natural lançam nova versão de pla...
11/07/25
Parceria
Equinor e PUC-Rio firmam parceria de P&D de R$ 21 milhões
11/07/25
Resultado
Setor de Óleo e Gás lidera distribuição de proventos em ...
10/07/25
Gás Natural
Comgás recebe 41 propostas em chamada pública para aquis...
10/07/25
Pessoas
Lucas Mota de Lima assume gerência executiva da ABPIP
10/07/25
Biometano
Presidente Prudente (SP) inicia obra de R$12 milhões par...
10/07/25
Combustíveis
Preços do diesel, etanol e gasolina seguem tendência de ...
10/07/25
E&P
Hitachi Energy ajudará a Petrobras a analisar alternativ...
10/07/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.