Firjan destaca que o aumento para o setor pode chegar a 39,8%.
Redação / AssessoriaDepois dos primeiros reajustes autorizados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o custo médio da energia elétrica para a indústria brasileira passou de R$ 402,2 por MWh para R$ 403,8 por MWh. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, dia 4, pelo Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), através do site “Quanto custa a energia elétrica para a indústria do Brasil?” (www.firjan.org.br/quantocusta).
No ranking estadual de custo médio industrial, o estado de São Paulo perdeu uma posição, ocupando agora a 17ª colocação mais cara, com o aumento de 0,7% no custo da energia após o reajuste das distribuidoras CPFL Jaguari, CPFL Mococa, CPFL Santa Cruz, CPFL Sul Paulista e CPFL Leste Paulista. O estado da Paraíba passou da 16ª para a 12ª posição mais cara, com um aumento de 9,7% após o reajuste da distribuidora Energisa Borborema.
Com esses reajustes, o custo da energia para a indústria aumentou em 0,4%, uma vez que essas distribuidoras representam apenas 1,5% da carga industrial brasileira. Hoje, o país ocupa a 6ª posição mais cara no ranking internacional que contempla 28 países. O topo do ranking é ocupado pela Índia, com custo de R$ 596,96 por MWh.
Para 2015, a previsão de aumento do custo da energia para a indústria foi atualizada pela FIRJAN, passando de 27,3% para 34,3%, já considerando o fim do subsídio do Tesouro e estimativas conservadoras sobre as condições do novo empréstimo ao setor. O aumento pode chegar, entretanto, a 39,8% se o governo optar por elevar em 50% o valor da bandeira vermelha. Nesse caso, o custo da energia em dezembro de 2015 alcançaria R$ 504,81 por MWh. Ainda não estão incluídos na conta o repasse do aumento do custo de energia de Itaipu e eventuais pedidos de reajustes extraordinários das distribuidoras.
De acordo com o gerente de Competitividade Industrial e Investimentos do Sistema FIRJAN, Cristiano Prado, a situação é gravíssima e coloca em risco a expansão da indústria nacional: “Precisamos urgentemente encontrar formas de inverter essa curva e diminuir a pressão sobre a competitividade da indústria. Atuar de forma estrutural no curto e no longo prazo no custo da energia é essencial para a sobrevivência da indústria”.
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