Jornal do Commercio
A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) - parceria entre a ThyssenKrupp e a Vale - manterá o cronograma do megaprojeto no Brasil, apesar da crise, segundo garantiu nesta quinta-feira o vice-presidente de contratos da empresa, Rodrigo Tostes. A unidade industrial instalada no Estado do Rio, em área de 9 milhões de metros quadrados, produzirá sua primeira placa em dezembro deste ano.
De acordo com Tostes, a siderúrgica vai começar a operar no momento em que, acredita ele, a crise internacional terá começado a diluir. A empresa não pretende alterar o plano de exportar a totalidade das 5 milhões de toneladas de placas/ano que serão produzidas em Itajaí, na região metropolitana do Rio, assim como deve manter o mix de destino da produção, que se divide em 60% para os EUA e 40% para a Europa.
“Seria prematuro anunciar qualquer mudança. Analisamos que devemos esperar chegar mais próximo da produção para decidirmos melhor, de acordo com a situação do mercado”, afirmou.
Ele esclareceu que não está sendo levado em consideração, na perspectiva de aquecimento do mercado interno ano que vem, o redirecionamento de parte da produção para o Brasil. O argumento é que a tecnologia foi desenvolvida para que as placas tenham como alvo as indústrias da Thyssenkrupp nos Estados Unidos e na Europa.
O executivo, que participou de evento promovido pela Câmara Americana, explicou que a perspectiva da CSA é que a indústria atinja o volume de produção de 5 milhões de toneladas nove meses após a produção da primeira placa, ou seja, no segundo semestre de 2010.
Em agosto do ano passado, a CSA adiou a data de produção da primeira placa, de março de 2009 para dezembro do mesmo ano. Os motivos alegados foram operacionais.
O executivo disse que a manutenção do cronograma não significa que a ThyssenKrupp, principal acionista da CSA, com 90% do total - os 10% restantes pertencem à mineradora Vale - não tenha sido afetada pela crise, mas sim que o projeto brasileiro da empresa, que é a CSA, não foi prejudicado.
Ele disse ainda que os recursos para o projeto, que terá investimentos de 4,5 bilhões de euros, estão integralmente garantidos. Segundo Tostes, há uma política mundial da ThyssenKrupp de renegociação de custos com fornecedores e isso ocorrerá também no Brasil, “mas ainda não sentamos para conversar (com os fornecedores)”.
A CSA tem 1.100 funcionários contratados até o momento, incluindo terceirizados. Quando começar a operar, a empresa deverá somar 3.500 trabalhadores, sendo 2.200 empregados e 1.300 contratados de terceirizadas.
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