Siderurgia

CSA deve atingir produção máxima até setembro

Primeira usina siderúrgica de grande porte inaugurada no Brasil desde 1983, quando a Açominas (hoje Gerdau Açominas) entrou em operação, a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), do grupo alemão ThyssenKrupp (em parceria com a Vale), só

Valor Econômico
27/05/2011 10:05
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Primeira usina siderúrgica de grande porte inaugurada no Brasil desde 1983, quando a Açominas (hoje Gerdau Açominas) entrou em operação, a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), do grupo alemão ThyssenKrupp (em parceria com a Vale), só deverá atingir a plena capacidade de produção, de 15 mil toneladas de placas de aço por dia, em setembro, 14 meses após ser posta em marcha, em julho do ano passado.
 

Segundo Rodrigo Tostes, vice-presidente Financeiro da empresa, a usina está seguindo normalmente seu cronograma de acionamento e atualmente está produzindo cerca de 10 mil toneladas diárias, dois terços da capacidade máxima prevista.
 

A 15 mil toneladas por dia a usina chega a sua capacidade nominal de produção, que soma 5 milhões de toneladas por ano. Esse valor, segundo o executivo da companhia, será alcançado no fechamento de 2012. De outubro do ano passado a setembro deste ano a produção deverá alcançar 3 milhões de toneladas. A fase atual, ainda de acordo com Tostes, é de pré-produção. Ele faz uma analogia com um automóvel. Seria, então, comparável à de amaciamento de um carro novo, com os equipamentos sendo postos pouco a pouco em operação dentro de um cronograma pré-estabelecido.
 

Tostes disse ainda que a marcha da CSA é comparável à da usina da Hyundai Steel (companhia da Coreia do Sul) inaugurada um pouco antes, com a diferença de que enquanto a usina coreana é uma segunda etapa de outra já existente, a usina de Santa Cruz (zona oeste do Rio) é uma unidade inteiramente nova.
 

Prevista inicialmente para entrar em operação no começo de 2009, a CSA teve seu cronograma afetado pela crise global de 2008 e atrasou mais de um ano. Em um esforço para acelerar a produção, a Vale ampliou sua participação de 10% para 26,87% em julho de 2009, injetando € 965 milhões no projeto que custou, no final, € 5,2 bilhões, ou cerca de R$ 15 bilhões.
 

Com a produção de placas de aço totalmente voltadas para exportação, a empresa não tem, por enquanto, nenhum plano para produzir laminados no Brasil. As placas vão para as unidades de produção de chapas do grupo ThyssenKrupp fora do Brasil, especialmente para uma unidade também recém-construída no Alabama (EUA), que fica com 60% do total, e para a matriz do grupo, na Alemanha.
 
 
A avaliação do grupo ThyssenKrupp é que o consumo per capita de aço no Brasil ainda é muito pequeno, 85 quilos por ano (contra cerca de 400 quilos da China, por exemplo) e que esse consumo vem crescendo em ritmo muito lento (acumulou 10% nos últimos dez anos). Nesse quadro, de acordo com Tostes, cabe à empresa "acompanhar o crescimento da economia brasileira" para saber se ele tem sustentação antes de planejar algum investimento novo.
 

Com a produção acelerando, embora ainda pareça em grande parte um canteiro de obras, a CSA enfrenta a desconfiança de seus vizinhos em Santa Cruz. Eles acusam a empresa de poluidora e de emitir partículas que causam doenças.
 

A siderúrgica nega, diz que há seis meses não emite poeira e que problemas ocorridos em agosto e dezembro do ano passado foram causados por uma máquina já desativada e que nenhuma partícula liberada causava mal à saúde. A expectativa da companhia é que uma auditoria iniciada há duas semanas pela Fundacentro, órgão do Ministério do Trabalho, confirme o que ela vem dizendo.
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