Aumento

Cresce no Brasil venda de iates de mais de R$ 1 milhão

<P>Na onda do crescimento do consumo interno, o setor de barcos e iates de lazer vive um momento de euforia no Brasil. Ao largo da crise americana e da ameaça de algum efeito sobre a economia brasileira, a venda de barcos e iates tem explodido e a estimativa é de expansão de pelo menos 10% em 200...

Valor Online
28/03/2008 00:00
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Na onda do crescimento do consumo interno, o setor de barcos e iates de lazer vive um momento de euforia no Brasil. Ao largo da crise americana e da ameaça de algum efeito sobre a economia brasileira, a venda de barcos e iates tem explodido e a estimativa é de expansão de pelo menos 10% em 2008. Nos últimos 12 meses, nosso faturamento cresceu 60%, diz Marcio Christiansen, presidente da Spirit Ferretti. A empresa brasileira é licenciada do grupo italiano Ferretti, o maior do mundo no segmento, e monta barcos e iates que custam, no mínimo, R$ 1 milhão. 


Christiansen conta que seu público é aquele que está ficando rico com as aberturas de capital de empresas na bolsa. Os executivos dos IPO's (ofertas públicas iniciais de ações, na sigla em inglês) são o nosso grande filão. Eles estão ganhando dinheiro em empresas beneficiadas pelo aumento da base de consumidores no país, em áreas como cosméticos, vestuário e alimentação, diz o empresário. Sua empresa importa kits da Itália e monta os barcos em um estaleiro em São Paulo. 


Na outra ponta, surge o consumidor de classe média que, com mais mais crédito disponível e ganhos de renda, pôde entrar nesse mercado. A base de consumo aumentou. Há barcos de R$ 30 mil, R$ 40 mil, R$ 50 mil. É o preço de um carro, diz Lenilson Bezerra, diretor-executivo da Associação Brasileira de Construtores de Barcos e seus implementos (Acobar), 


No ano passado, foram produzidas no Brasil 3,9 mil unidades e a projeção é de que o total chegue a 4,2 mil em 2008. Para Bezerra, as condições de crédito têm ajudado a impulsionar esse mercado, que movimentou R$ 470 milhões em 2007. 


Por conta do consumo interno mais forte, os fabricantes e montadores náuticos não sofreram tanto com o dólar desvalorizado, que provocou queda nas exportações. De 2006 para 2007, as vendas externas do segmento passaram de R$ 16 milhões para R$ 9 milhões e a expectativa é de que caiam ainda mais em 2008. As importações, por sua vez, tendem a aumentar. Como as vendas estão em forte alta, chegamos a importar barcos inteiros, afirma o presidente da Spirit Ferretti, que espera vender em 2008 de 35 a 40 unidades, mas tem encomendas de alguns modelos para até 2011. 


Segundo o presidente da Acobar, as vendas do segmento só não devem crescer mais porque há limites de capacidade de produção e de mão-de-obra. Como esse segmento é formado muitas empresas pequenas, é necessário haver uma maior consolidação para que elas passem a investir mais no aumento da capacidade, diz Bezerra. 


Paulo Sérgio Renha, dono da brasileira Real Power Boats, estima crescimento de 30% no faturamento deste ano. A maior parte da sua clientela é considerada de luxo e compra barcos na faixa dos R$ 500 mil, mas ele já percebe uma maior movimentação na classe média alta. O barco ficou mais acessível, conseguimos financiamento, diz ele, que vende barcos a partir de R$ 70 mil. 


Em 2007, sua empresa, que fabrica peças e monta as embarcações em Nova Iguaçu, na região metropolitana do Rio, vendeu 336 unidades e a previsão é de crescimento de 40% em 2008. 

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