Aquisição

Cosan se torna 1ª produtora integrada de etanol

Agência UDOP/ Agência Estado
25/04/2008 14:14
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Com a compra dos ativos da Esso no Brasil, a Cosan se torna a primeira produtora integrada de etanol em nível mundial, com participação no plantio de cana-de-açúcar até a venda do etanol ao consumidor final. "O etanol se tornou o principal combustível do Brasil. Para o grupo Cosan, é fundamental garantir um canal de distribuição para a sua produção. Portanto, precisamos estar preparados para esta nova realidade do setor", disse o diretor vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da Cosan, Paulo Diniz, em teleconferência para analistas sobre a operação.

 

Com a conclusão do negócio, a Cosan passa a atuar nos segmentos de distribuição, lubrificantes e combustíveis. Isso significa operar 1,5 mil postos por 20 Estados do Brasil, além de quatro terminais próprios de distribuição, 17 terminais em parceira com outras empresas e 21 centros de armazenamento e distribuição.

 

Adicionalmente, a companhia sucroalcooleira passa a deter a quinta posição no mercado de distribuição de combustíveis, com 7,2% de market share. "Acreditamos que é uma vantagem competitiva utilizar a marca Esso. Nesse sentido, firmamos um contrato de longo prazo para utilizar a marca no Brasil", afirmou Diniz.

 

Nesse primeiro momento, a Cosan executará um plano de transição para garantir manutenção das atividades. "O plano inclui a migração da plataforma do sistema de informática da unidade de Curitiba e uma comunicação adequada com todos os stakeholders, como empregados, fornecedores, clientes e rede de postos", disse Diniz. Nesse período de transição, a Cosan também irá definir a melhor estratégia para financiar a operação. Os planos da companhia sucroalcooleira também incluem a manutenção dos executivos chave da Esso.

 

Segundo o vice-presidente Comercial da Cosan, Marcos Lutz, a companhia assume os ativos da Esso em um momento de expressiva melhoria de suas margens. "O que a gente vê é que todas as linhas de negócios apresentam claras melhorias operacionais nos últimos tempos. Eles fizeram, com muito sucesso, uma reestruturação nessa companhia", disse o executivo. Isso é comprovado pelos resultados financeiros das operações brasileiras. A Esso saiu de um prejuízo de R$ 7,6 milhões em 2004, para um lucro líquido de R$ 138,5 milhões no ano passado. Em 2007, a receita líquida foi de R$ 9,219 bilhões e o Ebitda, R$ 275,8 milhões.

 

Sinergias

 

Durante a teleconferência, os executivos da Cosan deixaram claro que pretendem aproveitar as sinergias entre as duas empresas para ampliar as margens do negócio de distribuição. "Além dessas margens colocadas aqui, prevemos, ao adicionar sinergias operacionais e os valores que julgamos ter na combinação dos ativos, uma evolução bastante positiva desses números. Nunca uma involução", disse o vice-presidente Comercial da Cosan.

 

A expectativa é de que os ganhos de sinergia sejam oriundos da área logística. Grande parte dos postos da Esso está localizada no Sudoeste do Brasil, principalmente em São Paulo, onde também estão localizadas as usinas da Cosan. "Esta é uma das razões pelas quais estes ativos são estratégicos para nós. A sobreposição da presença dos postos da Esso com a localização das nossas usinas é bastante alta e as sinergias logísticas são grandes", justificou Diniz, acrescentando que esse fator irá reduzir de maneira significa os custos de estocagem.

 

"A presença bastante parecida do nosso esmagamento de cana e os postos da Esso proporcionará um grande fluxo logístico de produtos compatíveis com o etanol, no sentido contrário. Portanto, fará nossa logística de levar etanol para os centros urbanos e de trazer diesel e a gasolina para o interior ficar mais eficiente", acrescentou Lutz. "Existem melhorias logísticas, financeiras e de negociação que irão melhorar o Ebitda dos dois ativos."

 

Outro benefício citado pelo diretor de Relações com Investidores da Cosan é a otimização da gestão de estoque. "Acreditamos que nenhum produtor de etanol ou distribuidor de combustível saberá melhor o momento para vender etanol", comentou Diniz. A questão da informação também foi ressaltada por Lutz. "A compra irá nos trazer um nível de informação incomparável em relação a outros players. Grande nível de informação da colheita e do mercado, o que nos permitirá ganhar dinheiro com a produção de terceiro, na área de trading", disse o executivo.

 

Segundo Diniz, os planos da Cosan também incluem a expansão do market share da Esso no mercado de distribuição. "Observamos um grande potencial de ganho com a reenergização dos postos da Esso, levando a companhia a reconquistar os níveis de market share históricos, principalmente o etanol", disse o executivo. O DRI esclareceu que os postos da Esso irão negociar etanol de outros produtores, assim como a produção da Cosan será vendida por outros distribuidores.  

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