Pecém

Coreanos querem o porto mais profundo

<P>Os coreanos, depois de assinar o contrato para a construção da Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP), unindo-se à Vale e aos japoneses da JFE Steel, exigem, agora, maior infra-estrutura. Os empresários da Dongkuk Steel afirmam a necessidade de que o Porto do Pecém possua um calado mais prof...

Diário do Nordeste - CE
03/06/2008 00:00
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Os coreanos, depois de assinar o contrato para a construção da Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP), unindo-se à Vale e aos japoneses da JFE Steel, exigem, agora, maior infra-estrutura. Os empresários da Dongkuk Steel afirmam a necessidade de que o Porto do Pecém possua um calado mais profundo, posição rebatida pelo Governo do Estado. O porto tem hoje uma profundidade de 15 metros, o que, segundo o diretor de Desenvolvimento Comercial da Cearáportos, Mário Lima Júnior, é suficiente para receber navios de grande porte. Contudo, os coreanos afirmam que a área de atracamento precisa de 19 metros, mudança que a igualaria à do Porto do Itaqui, no Maranhão, que possui a maior profundidade do País.

Mas esta necessidade é questionada pelo lado do governo estadual. Segundo o secretário adjunto de Infra-estrutura, Otacílio Borges, não existe nenhum estudo que prove esta precisão para que a siderúrgica possa operar normalmente.

´Os elementos apresentados não nos convencem da necessidade. Queremos ver um estudo que diz isso, para que possamos estudar e concluir se, realmente, precisamos fazer a dragagem do porto´, afirma Borges.

Recursos garantidos

Segundo ele, o Porto do Pecém já conta com recursos garantidos de R$ 60 milhões, advindos do Governo Federal, para realizar a dragagem de seu calado. Mas, o diretor Comercial da Cearáportos esclarece que, sendo o Pecém um porto off shore (no mar, e não na terra, como ocorre no do Mucuripe), portanto, não se precisa realizar dragagem.

Para aumentar a profundidade, informa, pode-se ampliar a ponte que leva dos navios à terra firme, afastando-se mais da costa, para águas mais profundas. Com o início das operações do Terminal de Múltiplo Uso (TMUT), previsto para 2010, o calado já irá passar para 17 metros.

Decisão em 60 dias

Não havendo a necessidade de aprofundamento do calado, o que estudos já em realização pela Secretaria de Infra-estrutura deverá afirmar, os recursos do Governo Federal poderão ser alocados em outras obras no porto, segundo garante o secretário adjunto da pasta. ´Em pouco tempo, em até 60 dias, teremos uma decisão de como esse dinheiro será utilizado´, aponta. A Companhia Siderúrgica de Pecém é um consórcio entre as três empresas que deve ser concluído em 2011.

Produção

A usina terá capacidade de produzir entre 4,5 mil a 6 mil toneladas de placas de aço por ano. Os detalhes do projeto ainda não foram informados oficialmente, mas se estima que o investimento na planta gire entre US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões.

ÁREA JÁ ESTÁ RESERVADA

Condição natural para abrigar refinaria

Complexo Industrial e Portuário já possui área de 500 hectares reservada para o empreendimento

´O Porto do Pecém tem condição natural para receber uma refinaria´. É o que afirma o diretor de Desenvolvimento Comercial da Cearáportos, Mario Lima Júnior. Ele informa que o Complexo Industrial e Portuário já possui uma área de 500 hectares reservada para o empreendimento, com uma tubovia já pronta, do navio à planta, para fazer o transporte do petróleo bruto a ser refinado. Segundo o diretor, a infra-estrutura do porto foi pensada para abrigar a refinaria e uma siderúrgica. Inicialmente, para o segundo projeto, estavam reservados 300 hectares, que foram ampliados para mil após a confirmação da ampliação da usina.

´Este espaço de 500 hectares é suficiente para abrigar mesmo essa maior refinaria [a Premium, da Petrobras]´, diz, destacando que as condições de infra-estrutura da área para o empreendimento estão prontas. O secretário adjunto de infra-estrutura acrescenta que, caso precisasse de mais espaço, poderia ser feita uma expansão, assim como aconteceu com a siderúrgica.

A tubovia para fazer o transporte do petróleo já está pronta para iniciar a operação. Ela possui nove quilômetros e tem capacidade para transportar 100 barris por dia. O píer 2 do porto, informa, será destinado às operações de recebimento do petróleo e exportação dos derivados produzidos.

O diretor ainda destaca que existe também o sistema condutor de água possui 23 quilômetros, podendo transportar 1 metro cúbico por segundo. ´Temos o suficiente para abastecer ambos os empreendimentos´, garante. O porto iniciou as suas operações em 2002 planejado para o recebimento destes grandes projetos. ´Como estes demoraram, o porto acabou se focando no transporte de contêineres´, explica.

AUDIÊNCIA COM MINISTRO

Bancada pressiona por decisão

A Petrobras ainda não confirmou que dia deste semana vai divulgar o estudo sobre a próxima refinaria a ser instalada no Nordeste, como foi prometido pelo diretor da área de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, na última sexta-feira.

Uma audiência hoje entre a bancada federal no Congresso e o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, é uma ação para pressionar o governo pela vinda da refinaria Premium da Petrobras, que será a maior do País.

Segundo o senador Inácio Arruda, ainda não está definido que a refinaria irá para o Maranhão. Para ele, o Ceará está no páreo, e tem muita chance de levar uma refinaria. De acordo com ele, o governo estadual e bancada federal cearense trabalha nos bastidores para garantir a vinda do empreendimento. O senador discorda das críticas de que o Estado está sem forças políticas para garantir a vinda da refinaria. ´A articulação política do Ceará tem força. Se estivéssemos sem prestígio, não teríamos garantido os recursos que conseguimos do Governo Federal. Nós liberamos os recursos de emendas de bancada, que antes não eram liberados´, justifica. Segundo ele, a União liberou R$ 11 bilhões em obras que beneficiam o Estado, como a Transnordestina, a transposição das águas do Rio São Francisco e linhas de transmissão de energia. Além destes, ele ressalta outros R$ 10,5 bilhões que foram diretamente para o Ceará, nas obras do Porto do Pecém, das eólicas, saneamento básico, infra-estrutura, entre outras. Os investimentos, em geral, devem ser alocados até 2010. ´Não se recebe esse dinheiro sem prestígio. O Governo Federal nunca mandou, em quatro anos, isso´.

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