Paraná

Copel vai atrasar entrega da usina Mauá

Valor Econômico
28/01/2009 02:20
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O Consórcio Cruzeiro do Sul, formado pelas empresas Copel e Eletrosul para a exploração da hidrelétrica de Mauá, no Paraná, vai ter dificuldade para cumprir o cronograma de obras e colocar a usina em funcionamento em janeiro de 2011. O início da construção, previsto para o segundo semestre de 2007, só aconteceu em julho do ano passado, após liberação judicial. Agora, uma nova liminar exige a paralisação dos trabalhos até o julgamento de uma ação de 2006 ou até que a Justiça receba (e acate) um parecer da área técnica do Ibama sobre a licença de instalação concedida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

 


O presidente da Copel, Rubens Ghilardi, disse ontem que o consórcio está trabalhando para recuperar parte “do tempo perdido”, mas já admitiu que poderá haver atrasos no fornecimento da energia de Mauá, usina de 361 megawatts leiloada em outubro de 2006. “Vamos ter de comprar energia de terceiros para pelo menos um mês”, prevê. Segundo o executivo, o atraso atual no cronograma é de quatro meses, mas a situação pode piorar com a nova liminar, concedida na semana passada pelo juiz Alexei Alves Ribeiro, de Londrina (PR), a pedido do Ministério Público Federal. O MPF alega irregularidades no licenciamento da usina e questiona os impactos sobre a qualidade da água e a população indígena que vive na região.

 

“Estamos com 520 pessoas trabalhando diretamente na obra”, contou Ghilardi. Ele diz que o consórcio e a Copel ainda não foram informados oficialmente da liminar e da multa de R$ 15 mil por dia caso ela não seja cumprida. “O custo de paralisação é maior que a multa estipulada”, comentou, acrescentando que irá obedecer a justiça mas que a empresa vai recorrer. Consultados, o IAP e o Ibama responderam que não foram intimados. O juiz Ribeiro disse que há outros processos que questionam a instalação de usinas no rio Tibagi e, com sua decisão liminar, ele resguarda a utilidade de eventual resultado positivo da ação proposta pelo Ministério Público.

 

A Copel informou que a continuidade das obras já foi analisada, em julho de 2008, no Superior Tribunal de Justiça, quando o “ministro Humberto Gomes de Barros liberou a construção da hidrelétrica”, para não provocar “potencial lesão absolutamente nefasta à economia pública”. A empresa diz que, se parar as obras, terá de demitir os trabalhadores atuais e outros mil novos empregos deixarão de ser gerados no pico da construção. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o investimento estimado é de R$ 1 bilhão. De acordo com a empresa, R$ 120 milhões são para projetos ambientais e sociais.

 

“Caso a usina Mauá não esteja funcionando em 2011, a energia que ela deixar de produzir terá de ser gerada em alguma outra, fatalmente uma térmica, que tem custos mais elevados e impactos ambientais significativamente maiores”, diz a direção da Copel, que pleiteia na Aneel a flexibilização de prazos alegando que não teve culpa pelos atrasos.

 

Ontem, o governador Roberto Requião (PMDB) encaminhou ao conselho de administração proposta para a criação de uma diretoria de meio ambiente, que pode ser ser ocupada por Marlene Zannin, gerente da Superintendência de Meio Ambiente da Copel. Caso eleita, se tornará a primeira mulher na história de 54 anos da empresa a ocupar posto de direção.

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