Redação TN Petróleo/Assessoria
A Copel colocou em operação neste domingo (28) a nova linha de transmissão de energia que conecta as subestações Curitiba Leste (PR) e Blumenau (SC). O investimento total no projeto foi de R$ 192 milhões.
“Com a entrada dessa linha, o Paraná pode receber mais energia elétrica proveniente do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina para consumo no Estado ou exportação para o Sudeste através de outras interligações”, explica o diretor geral da Copel Geração e Transmissão, Moacir Carlos Bertol. “A região leste de Santa Catarina também é beneficiada com uma alternativa de suprimento, reduzindo a dependência da operação da Usina Termelétrica Jorge Lacerda para atendimento da demanda por energia”, completa o executivo.
A rede tem 144 km de extensão e opera em 525 kV - tensão extra-alta, que permite o transporte da eletricidade por longas distâncias. A implantação demandou a montagem de 279 torres metálicas para sustentação de 1.728 km de cabos elétricos. O empreendimento integra o pacote de obras do Lote E, arrematado pela Copel no leilão Aneel 005/2015 e vai gerar uma receita anual (RAP) para a empresa superior a R$ 31 milhões.
Para vencer o desafio de instalação da linha, que atravessa regiões de serra e mata fechada, a passagem de cabos foi feita com a ajuda de drones – uma técnica que aumenta a velocidade e a segurança do trabalho, além de evitar abertura de clareiras na mata. Geralmente, para uma linha de transmissão desse porte, seria necessário abrir corredores de 3 a 4 metros de largura na vegetação para entrada de equipes com materiais e equipamentos usados no lançamento manual do cabo piloto – que conduz a instalação dos cabos elétricos.
Como os drones têm limitação de carga, eles são usados para lançar um fio de nylon com cerca de 3 mm de diâmetro que funciona como primeiro guia para puxar cordas mais pesadas, depois o cabo piloto de aço e, por fim, os cabos condutores de energia. O trabalho inicial de lançamento com drones exige bastante precisão, já que eles precisam acomodar o fio de nylon no local correto de cada uma das torres, sendo que elas ficam bem distantes umas das outras. Nessa linha de transmissão, a maior distância entre duas torres chega a 1,7 km.
Reforços em subestações no Paraná
A Copel também avança no plano de investimentos para ampliação e modernização das instalações de transmissão no Paraná. Este ano, a subestação Umbará, localizada em Curitiba, e a subestação Ponta Grossa Sul, tiveram a capacidade ampliada com a entrada em operação de novos transformadores.
Em Ponta Grossa, o recém-instalado transformador de 225 megavolt-ampères (MVA) permitiu a desativação de dois equipamentos antigos, de 50 e 75 MVA. E deve ser concluída, em maio deste ano, a instalação de mais um transformador de 225 MVA. Quando essa segunda etapa for encerrada, a subestação terá três vezes mais potência de transformação, se comparada à configuração original. O investimento total no projeto é de R$ 24 milhões e vai permitir o pleno atendimento ao crescimento de carga na região central do Estado pelos próximos anos.
O transformador que acaba de ser entregue em Ponta Grossa é o primeiro desse porte que a Copel coloca em operação no Paraná e está entre os maiores transformadores trifásicos 230 kV em operação no país. Equipamentos semelhantes serão instalados nas subestações Pato Branco e Guaíra.
Em Curitiba, o novo transformador de Umbará substitui o original, instalado em 1978, e que já estava no limite da vida útil. A atualização aumenta a confiabilidade do atendimento à rede que abastece residências e grandes indústrias da região, reduzindo o risco de falhas e cortes de carga ao sul de Curitiba e Araucária. O equipamento tem 150 MVA de potência e rebaixa a tensão da energia que chega pela rede de 230 kV para que possa ser distribuída pela rede de 69 kV. O investimento nessa melhoria foi da ordem de R$ 10,8 milhões.
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