Em reunião com membros da Câmara Americana de Comércio (Amcham), ministro de Minas e Energia reforçou colaboração para a transição a uma economia de baixo carbono.
Redação TN Petróleo/Assessoria MMEO ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou, nesta quarta-feira (2/10), a parceria entre Brasil e Estados Unidos para a redução das emissões de metano no setor de óleo e gás. O ministro se reuniu com membros da Câmara Americana de Comércio (Amcham), em Foz do Iguaçu, no Paraná, durante a Clean Energy Ministerial (CEM) e Mission Innovation (MI). O evento ocorre em paralelo às reuniões do GT de Transições Energéticas do G20.
Em 2023, o Brasil aderiu à plataforma do Global Methane Pledge (Compromisso Global sobre Metano) durante reunião ministerial com o Enviado Presidencial Especial para o Clima dos Estados Unidos, John Kerry, na COP 28, em Dubai. Em função disso, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, em agosto deste ano, resolução que estabelece diretrizes para promoção da descarbonização das atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural.
“Nosso país está comprometido com a redução das emissões de metano e dióxido de carbono, assim como com o aumento das atividades de captura, uso e armazenamento de carbono. Até 2030, o Brasil poderá reinjetar até 40 milhões de toneladas de CO₂ nos reservatórios por ano. Por causa da vocação brasileira na produção de biocombustíveis, nosso potencial para a captura do CO₂ é ainda mais fantástico”, destacou o ministro.
Silveira ressaltou que é fundamental aprofundar a parceria entre os dois países para acelerar a curva de aprendizado e estabelecer as tecnologias necessárias para a aplicação dos hubs de energia limpa, que incluem hubs de Captura, Uso e Armazenamento de Carbono (CCUS), cooperação tecnológica em captura e estocagem de CO₂ e para a redução da emissão de metano na indústria do petróleo e gás natural no país.
“Na parceria constante e benéfica com o governo dos Estados Unidos, esses processos vão ganhar muita velocidade, qualidade e eficiência. Temos um sistema legal e de regulação sólidos com nossas agências reguladoras, temos boas condições para financiar projetos com o BNDES. Sem dúvida, o Brasil está numa posição privilegiada na transição energética”, destacou Alexandre Silveira.
Foto: Tauan Alencar/MME
A reunião também abordou outras iniciativas conjuntas que visam acelerar a transição energética, incluindo o fomento a tecnologias inovadoras e o aprimoramento das regulamentações para o setor de petróleo e gás.
Outro projeto de bastante potencial é a tecnologia de Bioenergia com Captura e Armazenamento de Carbono (BECSS). O Brasil se destaca como o maior produtor de etanol a partir da cana-de-açúcar, e tem grande potencial para a tecnologia de BECSS, que pode fazer com que as emissões do setor de energia brasileiro sejam negativas até 2050 por meio de hubs verdes, que serão essenciais para atingir o Net Zero.
A reunião com a Amcham faz parte dos esforços do governo brasileiro para fortalecer a cooperação internacional e promover uma transição energética global, responsável e inclusiva, que beneficie tanto os países desenvolvidos quanto os em desenvolvimento.
Fale Conosco
21