A Embrapa Transferência de Tecnologia, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento começa a delinear a forma como vai desenvolver ações relacionadas ao desenvolvimento de tecnologias agronômicas e industriais da ca
Redação/ AgênciasA Embrapa Transferência de Tecnologia, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento começa a delinear a forma como vai desenvolver ações relacionadas ao desenvolvimento de tecnologias agronômicas e industriais da cadeia produtiva de bioenergia de acordo com convênio de cooperação técnica e científica assinado entre a Embrapa e a Udop (União dos Produtores de Bioenergia) , durante a Feicana 2010, em Araçatuba (SP).
O convênio é resultado das articulações do Escritório de Negócios de Campinas, da Embrapa Transferência de Tecnologia, junto com a Assessoria de Relações Nacionais da Embrapa que, desde o ano passado, vem buscando uma aproximação com o setor produtivo da cana-de-açúcar através de suas representações, no caso a Udop e a Única (União da Indústria da Cana-de-açúcar).
Em setembro do ano passado, a Embrapa e a Udop promoveram o Seminário: “Cana-de-açúcar: perspectivas de integração com espécies oleaginosas”, uma iniciativa para promover o encontro entre usineiros, produtores e técnicos interessados em desenvolver o setor com a introdução de espécies oleaginosas em áreas de reforma do canavial.
Pedro Abel, pesquisador da Embrapa Transferência de Tecnologia em Campinas, que participa desde o início das articulações com a Udop e várias usinas do oeste paulista do estado de São Paulo, explica que depois do seminário começaram a surgir tantas demandas de pesquisa e transferência de tecnologia por parte da Udop e seus associados que foi necessária a criação de um convênio.
Depois da assinatura deste convênio, já nos reunimos com a diretoria da Udop para levantar as demandas para a região e acertamos uma reunião com os gerentes agrícolas das usinas para apresentar algumas tecnologias da Embrapa como, por exemplo, o inoculante para cana-de-açúcar e cultivares de oleaginosas para rotação.
Em outro passo, mais adiante, a Embrapa vai discutir com a diretoria da Udop sua visão do setor sucroalcooleiro e depois disto montaremos uma agenda de desenvolvimento da pesquisa para a cultura, assim poderemos dar um foco no setor e não apenas ficar repassando tecnologias pontuais, explica Pedro Abel.
Convênio proporciona desenvolvimento no setor
Antonio César Salibe, presidente executivo da Udop, que representa uma média de 230 usinas de açúcar e álcool no país, lembra que existem várias instituições fazendo pesquisa no setor sucroalcooleiro, porém, no oeste do estado de São Paulo pouca coisa tem sido feita.
“É uma região jovem ainda no plantio da cana-de-açúcar, importamos tecnologia de outras regiões e adaptamos à nossa realidade, por isso pedimos este convênio com a Embrapa”. Com esta parceria, as usinas podem contar com a expertise da Embrapa no setor da agropecuária e da bioenergia, não só na área de melhoramento genético, mas, também na pesquisa de adubação, manejo e preparo de solo para a nossa região, diz Salibe.
Em contrapartida, estamos colocando à disposição da Embrapa, nossas unidades produtoras que podem servir de base para a pesquisa. Serão 70 estações experimentais em seis estados brasileiros à disposição da Embrapa.
Após a assinatura do convênio, com a presença da então ministra chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, o representante da presidência da Embrapa no evento, Celso Wainer Manzatto, chefe da Embrapa Meio Ambiente disse que esta é uma parceria que será benéfica tanto para a Embrapa como para a Udop.
“Para a Embrapa que ainda não tem uma forte atuação dentro da cadeia produtiva da cana-de-açúcar é uma oportunidade de direcionar pesquisas e projetos relacionados ao etanol” observou o representante da Embrapa. Para o setor sucroalcooleiro, conforme o presidente da Udop já afirmou, as pesquisas agronômicas da Embrapa serão importantes no desenvolvimento do setor principalmente no oeste paulista, última fronteira agrícola da região com maior produtividade de etanol do país, completou Celso Manzatto.
Dilma Rousseff em seu discurso, após a assinatura do convênio, disse que a parceria entre o governo, o setor privado e a academia científica são fundamentais para que o país cresça.
“Nós não seremos o país desenvolvido que queremos ser se não apostarmos na economia do conhecimento e ela está representada aqui por um dos centros de excelência mais respeitados do Brasil, que é a Embrapa”. Nós temos consciência de que para o nosso país avançar, o desenvolvimento da tecnologia é uma questão fundamental, finalizou a ministra
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