O aumento e importância do conteúdo local nas operações de petróleo e gás no Brasil e a preocupação da mão-de-obra brasileira para o setor foi unanimidade nos discursos da plenária, realizada nesta tarde na 6ª Brasil Offsho
Redação/ Maria Fernanda RomeroO aumento e importância do conteúdo local nas operações de petróleo e gás no Brasil e a preocupação da mão-de-obra brasileira para o setor foi unanimidade nos discursos da plenária, realizada nesta tarde na 6ª Brasil Offshore, que termina nesta sexta-feira em Macaé.
Com o tema “Dos campos maduros ao novo desenvolvimento do pré-sal: desafios e oportunidades offhsore no Brasil”, participaram da plenária: Renata Pereira, da Wilson & Sons; Patricia Pradal, da Chevron; João Felix, da Schlumberger; Carlos Camerini, da ONIP; Marcelo Borges de Macedo, da ANP; Eduardo Alessandro Molinari, da Petrobras; e Sérgio Leal, do Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore).
Na ocasião, o coordenador corporativo de E&P da Petrobras, Eduardo Alessandro Molinari, citou a parceria da estatal com mais de 120 universidades e o Cenpes, seu centro de pesquisa no Rio de Janeiro, que vai receber novos vizinhos em breve, entre eles, as empresas Halliburton, TenarisConfab, Siemens, EMC Computer Systems, Baker Hughes, FMC Technologies, Usiminas e BG.
Entre os assuntos mais abordados pelos palestrantes estavam o investimento em tecnologia, especialização e o conteúdo local.
João Félix, vice presidente de marketing da Schlumberger, disse que a empresa prefere em vez de olhar para o conteúdo local, olhar para o conteúdo nacional, pois segundo ele o conteúdo local ainda é muito restrito e a Schlumberger tem vários brasileiros trabalhando no exterior, também investem em centros de pesquisa no Brasil, e isso não conta como conteúdo local.
"O conteúdo local deve ser mais amplo e flexível. Inovação e propriedade intelectual são importantes e devem ser incluídas nesse processo também. As metas de conteúdo local muitas vezes embarreiram o desenvolvimento, pois diminui a possibilidade de trazermos tecnologia e pessoas de fora", complementa.
Também participante do debate e trazendo um panorama atualizado da indústria naval brasileira, o secretário-executivo do Sinaval, Sérgio Leal, defendeu em seu discurso que o setor naval e de petróleo e gás precisa construir no Brasil tudo o que puder. "Com as regras de conteúdo nacional, todo mundo sai ganhando: o país, o estaleiro, o armador e a população, que terá mais emprego”, disse.
Em relação aos desafios na área de RH, Patrícia Pradal, diretora de desenvolvimento de negócios da Chevron, destacou a necessidade de investimento em qualificação profissional. “No Brasil, há um grande gap na área de recursos humanos. Se cada um de nós puder exportar nossa expertise, por exemplo, a partir da parceria com universidades, todos têm a ganhar. Assim podemos acompanhar o desenvolvimento das tecnologias necessárias para o setor", indicou.
Também sobre o tema, o superintendente da Onip (Organização Nacional da Indústria e do Petróleo), Carlos Camerini, fez um desabafo: "O Brasil não tem mão-de-obra com capacidade de ser treinada ainda, pois falta formação".
O executivo focou seu discurso na competitividade da cadeia fornecedora offshore, tema do estudo que a entidade elaborou e lançou no ano passado com a consultoria internacional Booz & Company. Camerini disse que é diante desta defasagem de profissionais para o setor que o conteúdo local e a competitividade deve entrar também.
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