Energia elétrica

Consumo de energia elétrica sobe 1% em fevereiro

Geração de hidrelétricas cresceu 6,1% em função de melhora no nível dos reservatórios,

Redação TN Petróleo/CCEE
21/03/2022 15:54
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O consumo de energia elétrica no Brasil registrou uma pequena alta em fevereiro, de 1% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo informações preliminares do Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. O país demandou 68.430 megawatts médios.

Novamente, o volume total foi impactado pela maior participação do mercado livre, que fornece energia para a indústria e grandes empresas. O segmento demandou 23.496 MW médios, montante 4,7% maior na comparação anual. No mercado regulado, que atende pequenas e médias empresas e comércios e os consumidores residenciais, foram consumidos 44.934 MW médios, redução de 1%.

Desconsiderando a migração de cargas dos últimos 12 meses entre esses dois ambientes, o avanço do mercado livre seria menor, de 1%. Já no regulado, ao invés de recuo, teríamos um crescimento de 0,9% frente ao mesmo período do ano passado.

Além do impacto de novos consumidores no mercado livre, a CCEE também monitora o efeito da geração distribuída no mercado regulado. São painéis solares instalados em residências e empresas, reduzindo a demanda do Sistema Interligado Nacional (SIN). Se não houvesse esse tipo de segmento, haveria um crescimento de 0,4% no ambiente de contratação regulada. 

Consumo por ramos de atividade econômica
A CCEE também monitora o consumo em 15 áreas da economia que compram energia no mercado livre. Desconsiderando a migração de cargas, as maiores altas foram registradas nos setores de serviços (14%), madeira, papel e celulose (8,1%) e químicos (5,9%). Os segmentos que mais recuaram na demanda são a indústria têxtil (-5,4%), bebidas (-4,8%) e extração de minerais metálicos (-4,1%). 

Consumo regional
Na análise regional, Tocantins e Mato Grosso do Sul registraram as maiores altas em fevereiro, ambos com avanço de 8% em relação ao mesmo período do ano passado, seguidos por Mato Grosso, com 7%. As maiores baixas foram registradas pela CCEE no Rio Grande do Norte (-4%) e nos estados de Minas Gerais, Pará e Rio de Janeiro, cada um com redução de 2%. 

Geração de energia
Pelo segundo mês consecutivo, as hidrelétricas aumentaram sua representatividade na geração de energia, entregando ao SIN 6,1% mais energia em relação ao mesmo período do ano passado, resultado do cenário hidrológico relativamente mais favorável nos últimos meses. A situação refletiu em uma menor necessidade das térmicas, que recuaram 35% no comparativo anual. O cenário positivo para geração solar e eólica resultou em aumentos de 99,4% e 25,8%, respectivamente. 

 

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